Dissertação trata sobre a adequação da vacina contra a Hepatite B nas gestantes de Pelotas24.01.2014
Defesa de dissertação – Mestrado Profissional em Saúde Pública Baseada em Evidências
Título: Adequação da vacina contra a Hepatite B nas gestantes do município de Pelotas/RS e sua recomendação pelos profissionais de saúde
Apresentador: Maria Fernanda Silveira Espíndola
Orientador: Mariângela Freitas da Silveira
Banca: Iná da Silva dos Santos e Iandora Krolow Timm Sclowitz
Data: 05/02/2014
Local: Auditório Kurt Kloetzel
Hora: 10h
As hepatites virais constituem um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, que pode ser prevenido com vacinação. A partir da recomendação da inclusão da vacina contra hepatite pela OMS em 1991, muitos avanços foram feitos. Nos últimos anos, introduziu-se a vacinação aos RN nas primeiras doze horas de vida, incluídas as gestantes, também como grupo prioritário desde 2009 (devido ao risco de transmissão vertical, da mãe para o filho definida como contágio desde a concepção até os cinco anos de idade). Além disso, na atualidade, a vacinação se estende até a faixa etária de 49 anos de idade. No ano de 2013, foi realizado um estudo conduzido pela enfermeira Maria Fernanda Silveira Espíndola, mestranda do programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, sob orientação da Prof. Dra. Mariângela Freitas da Silveira, com o objetivo de avaliar a adequação da VCHB em gestantes no município de Pelotas e descrever a cobertura vacinal em gestantes na referida localidade.
O estudo avaliou a oferta e a cobertura da vacina da hepatite B (CVHB) desenvolvidas por profissionais de saúde nas UBS, ambulatórios hospitalares e consultórios particulares, no município de Pelotas, durante o período do pré-natal. Entre as gestantes participantes do estudo, 77% apresentaram registros vacinais da VCHB no momento da internação para o parto hospitalar e cobertura de 31,8% (esquema vacinal completo), valor aquém do que o Ministério da Saúde considera como excelência de cobertura, o qual seria 100% das gestantes vacinadas. O estudo mostra que, mesmo com a implantação da VCHB e a disponibilização desta desde 2009 em todas as salas de vacinas do País, fato que é muito importante no controle da transmissão vertical do vírus, ainda não se encontram coberturas vacinais satisfatórias em termos de assistência pré-natal em relação à vacinação das gestantes contra hepatite B.
Os resultados deste estudo serão repassados ao gestor local, aos profissionais e às instituições que realizam o pré-natal e/ou parto no município, com a finalidade de auxiliar no planejamento das ações e medidas necessárias que contribuam para a adequação da vacina na realização do pré-natal, proporcionando a redução do risco da TV em recém-nascidos.