Nova mostra do Museu Carlos Ritter traz coleção inédita de seres marinhos
Um hábito de viagem, cultivado pelo falecido professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Maximiano Cirne, tornou-se, desde a última quarta-feira (22), a mais nova exposição temporária do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter (MCNCR). Em “Da beira da praia ao fundo do mar”, o museu apresenta o acervo de exemplares de crustáceos e conchas recolhidos pelo docente em diversas viagens suas, doados pela família ao local após seu falecimento.
A mostra ocupa a sala localizada na entrada do MCNCR; em duas vitrines localizadas bem ao centro, com visualização em duas laterais, ficam dispostos os espécimes. A ambientação não poderia ser diferente: a areia no solo e a luz com filtro azul simulam o ambiente aquático. “Queremos aclimatar o visitante”, explica a museóloga Lisiane Gastal.
Segundo a profissional, os itens reunidos por Cirne e doados pela família têm muito a somar no contexto do Carlos Ritter. “É uma coleção muito diferente do que já temos”, comenta Lisiane, ao explicar que o acervo do museu não incluía crustáceos até então.
Além de estarem disponíveis para visitação do público, as peças doadas também estão disponíveis para integrarem projetos de pesquisa; no momento, já uma estudante realizando estudos na coleção de conchas.
O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter está aberto a visitas de segunda-feira a sábado, das 13h às 18h30min. Para um melhor acolhimento de grupos, o museu solicita que seja feito agendamento, de forma que a visitação seja feita com mediação.
Cerimônia de abertura
Para marcar o início da exposição “Da beira da praia ao fundo do mar”, o MCNCR promoveu uma cerimônia de abertura. O ato contou com a participação da família doadora do acervo, representada pela viúva do professor Cirne, Vera, e seu filho, Maximiano. Luiz Fernando Minello, diretor do Instituto de Biologia, unidade acadêmica à qual o museu está vinculado, fez o agradecimento aos familiares: “Vocês se despojaram da coleção para que a comunidade a pudesse aproveitar”.
Após a entrega de um presente, lembrando a exposição, à viúva e ao filho, houve apresentação do Coral da UFPel. Em sua última música, o grupo liderou um cortejo até a sala da exposição, quando foram abertas as visitas.