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UFPel destina bens inservíveis e obsoletos para projeto social com detentas

Uma carga com mais de 500 itens de informática obsoletos e insumos de equipamentos antigos deixou o Campus Capão do Leão na última terça-feira (5) para um novo destino: o projeto Sustentare, iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul que utiliza a mão de obra de detentas do sistema prisional gaúcho para a separação e reciclagem de lixo eletrônico.

Estabilizadores e nobreaks danificados, CPUs fora de funcionamento, impressoras antigas, monitores de tubo, que não conseguiram ser consertados e nunca retornaram às suas unidades de origem, compunham uma grande parte do carregamento. Juntaram-se a eles toners e cartuchos usados, fitas de equipamentos antigos e até mesmo disquetes que ainda formavam estoque no almoxarifado da Universidade. “Foram 32 páginas de descrição dos itens entregues”, conta Márcia Larrossa, chefe do Núcleo de Patrimônio da Pró-Reitoria Administrativa da UFPel. A intenção, segundo Márcia, é realizar novas doações.

A parceria entre a UFPel e o projeto Sustentare iniciou no ano de 2019, quando foi assinada. Desde então, começaram a ser reunidos os itens a serem enviados. A entrega realizada na última semana foi a primeira feita pela Universidade. Órgãos ligados ao governo do Rio Grande do Sul têm participação compulsória, enquanto as instituições de outros âmbitos têm sua adesão facultada. Os equipamentos destinados ao projeto são recebidos e classificados: aqueles que não têm mais conserto ou uso recebem o descarte adequado; os que ainda podem ser usados são requalificados e os itens resultantes são doados a instituições filantrópicas.

Dessa forma, destaca Márcia, a Universidade, ao realizar a doação, faz a correta destinação de lixo eletrônico ao mesmo tempo em que realiza uma benfeitoria social. “Limpamos os espaços e ainda proporcionamos uma boa ação social e ambiental”, diz.