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Ex-alunos criam Fundo para financiar projetos no CEng

Com a necessidade de buscar recursos para financiar projetos de pesquisa, extensão, laboratórios e equipamentos, como também capacitar a formação dos alunos, técnicos e professores do Centro de Engenharias, alguns ex-alunos tomaram a iniciativa para criar o Fundo Patrimonial do CEng.

O Fundo Patrimonial do CEng criado como uma associação, sem fins lucrativos, tem como função captar recursos através de doações de pessoas e empresas. A associação além de captar os recursos, tem a responsabilidade de gerir todo o capital e investi-lo no mercado financeiro, para que seus rendimentos possam permitir o financiamento de projetos e iniciativas dos alunos do CEng.

De acordo com o David Alves, diretor de Relacionamento do Fundo com o CEng, a ideia do projeto começou em meados de 2018, onde foram realizadas reuniões com a Fundação de Apoio da Universidade Federal de Pelotas (FAU), Reitoria e com o Conselho do CEng para criação do Fundo. “Buscamos sempre dialogar com a universidade, visto que a iniciativa era desconhecida por muitos, nossa gestão optou por se adequar ao máximo que fosse possível com as normas e diretrizes da UFPel, sem perder nossa independência financeira e governança”.

O Fundo foi concebido através de estudos dos famosos “endowments fund” das universidades americanas. Como a Universidade de Harvard que possui um Fundo de US$ 40,9 bilhões ou a Universidade de Yale que está avaliado em US$ 30 bilhões. Esse tipo de associação é criado para gerir grandes recursos financeiros, com independência e garantindo sua perenidade. Como o modelo segue os fundos americanos, o capital principal nunca é utilizado, apenas investido.

Além do olhar internacional, o Fundo foi moldado principalmente, através da análise de Fundos Patrimoniais que já existem no Brasil. Como o Fundo “Amigos da Poli”, criado por ex-alunos da Escola Politécnica da USP que alcançou o patamar de R$ 30 milhões. Outra referência para criação o “Fundo Centenário”, fundo criado por ex-alunos da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em 2019 foi aprovada a Lei 13.800 que permite as universidades públicas a criarem seus próprios fundos. No Brasil esse tipo de iniciativa não é muito comum, porém com apoio jurídico oferecido pela Lei dos Fundos Patrimoniais, esse projeto pode ser uma alternativa para o financiamento das universidades.

Segundo Wesllen Völz, presidente do Fundo e ex-aluno formado em engenharia geológica (2014) as universidades públicas precisam buscar outras formas de financiamento. “Os problemas financeiros que a UFPel vem enfrentando, com queda no valor repassado para investimentos ao longo da última década, denotavam a necessidade de se buscar fontes alternativas de receita”.

De acordo com professor Valmir Risso, professor no Centro de Engenharias, existe inúmeros projetos que não conseguem recursos para sua execução. “A engenharia carece de muitos incentivos e o Fundo Patrimonial vem para alavancar essa área fundamental para o crescimento do país e assim investir no sonho de cada um dos alunos, técnicos e professores.”

A iniciativa em buscar recursos para financiar o Centro de Engenharias, realmente é louvável, e demostra como o vínculo criado durante a graduação não se perde com a formação dos alunos. De acordo com a Bruna Pureza, vice-presidente do Fundo, existe um sentimento de dívida com o CEng. “Eu sempre quis ajudar de alguma forma o Centro de Engenharias, agora com o Fundo Patrimonial posso devolver tudo o que ele me proporcionou.”

O Fundo ainda não receberá doações, devido o processo de abertura de contas bancárias estar funcionando com atrasos pela crise do Covid-19. Para mais informações do Fundo Patrimonial do CEng, acesse www.fundopatrimonialdoceng.com.

Da Assessoria de Imprensa do Fundo Patrimonial do CEng

Publicado em 25/05/2020, na categoria Notícias.
Marcado com as tags CEng, Centro de Engenharias.