Teatro da UFPel realiza Leitura Dramática e Bate-Papo com Dramaturgo
O projeto de pesquisa “Leituras do Drama Contemporâneo”, vinculado ao curso de Teatro – Licenciatura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), realizará, na próxima segunda-feira (19), a partir das 19h30min, na Sala Carmen Biasoli (Rua Almirante Tamandaré, 301), a leitura dramática da peça “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”, do dramaturgo, ator e diretor gaúcho Francisco Gick. A atividade contará com a participação do autor, propondo um bate-papo com os espectadores logo após a leitura. A entrada é franca.
Este é o terceiro ano de pesquisas em dramaturgia do coletivo, que compõe o Grupo de Estudos em Teatro: Histórias e Dramaturgias (GETEHD) do CNPq. Surgido em 2015, o “Leituras do Drama Contemporâneo” prevê o estudo e análise da literatura dramática contemporânea escrita do final do século XX até os dias atuais. Além das atividades de pesquisa, as leituras abertas à comunidade recebem destaque por compartilhar com o público textos de teatro e promover rodas de conversa sobre os mesmos.
O grupo é coordenado pela professora Fernanda Vieira Fernandes e tem como colaboradores os estudantes do curso de Teatro – Licenciatura Brenda Seneme, João Vitor, Gabriel Pyoner, Lorena Zanetti, Mario Celso Pereira Junior e Nicolas Beidacki.
O destaque dessa edição é justamente a presença do autor da obra escolhida pelo grupo. Em 2017, o projeto já havia realizado uma leitura com a presença do dramaturgo, na ocasião, Diones Camargo. Desta vez será Francisco Gick que conversará com os espectadores sobre seu texto, sobre dramaturgia contemporânea e outros temas pertinentes.
Sobre o Autor
Dramaturgo, ator e diretor, formado no Curso Graduação em Teatro – Licenciatura da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Entre os textos de sua autoria estão “Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça enquanto o mundo se despedaça à sua volta e parece que a única coisa certa a fazer é algo sem sentido como dançar uma lambada; e você dança.“ (2018) – dirigido por ele –, “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora” (2015/2016) – dirigido por Jezebel De Carli – e “PLUGUE: um desvio imaginativo” (2017), sua primeira experiência em dramaturgia para crianças – dirigido por Jezebel De Carli. Desenvolve sua pesquisa em dramaturgia com foco em processos colaborativos de criação, atuando no Coletivo Errática, do qual faz parte desde sua criação em 2012, e em parceria com outros artistas. É professor de “Teoria e História do Teatro” no Curso de Formação de Atores da Casa de Teatro de Porto Alegre. Atualmente está em processo de escrita de um novo texto, provisoriamente chamado “Espesso”.
Sobre a Peça
“Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora” trama fragmentos de narrativas de viagens, despedidas e encontros, num fluxo veloz e não linear de acontecimentos que concorrem no tempo-espaço do Ramal. São seis histórias envolvendo pessoas espalhadas no espaço e no tempo do mundo, pessoas ligadas pelo movimento, pelo desejo, pela falta ou simplesmente pela completa incompreensão sobre a própria experiência.
Seis histórias que se encontram, dobram-se umas sobre as outras e multiplicam compondo uma história sobre como a vida se transforma completa e inesperadamente e, de repente, você se vê num aeroporto ou rodoviária ou estação de trem, com uma mala na mão, esperando… uma história sobre um mundo onde lugares, lados e identidades estão em constante desfazimento-fazimento, sobre movimento. Histórias que só se encontram porque são contadas, seis que viram quinze e talvez centenas, porque teatro é espaço de convívio e compartilhamento.