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Terceirizados dão suporte ao funcionamento da UFPel

Quando uma porta se abre, uma informação é prestada, uma sala de aula é limpa, alguém é transportado, lá estão eles. Figuras essenciais para o funcionamento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os funcionários terceirizados são 17,7% das pessoas que trabalham na Instituição. Desempenham tarefas que algumas vezes podem passar despercebidas, mas que são fundamentais para que a Universidade siga seu papel de ensino, pesquisa e ação na comunidade. São agentes da educação. Neste Dia do Servidor, comemorado no dia 28 de outubro, a celebração também é deles.

Quem entra no Campus Anglo pelo corredor do Centro de Letras e Comunicação (CLC) já conhece a figura carismática que recebe a todos com tranquilidade e gentileza. Luiz Antônio Ribeiro Medeiros, o “Seu Luiz”, 60 anos, trabalha há sete na UFPel, sempre como agente de portaria. Dá informações, entrega chaves, conduz pessoas, especialmente aquelas com necessidades especiais. E garante: trabalhar com o público na UFPel é gratificante. “As pessoas agradecem a forma como são tratadas por nós. Não oferecemos só a informação; conversamos e recebemos as pessoas. Somos reconhecidos pelo que fazemos”, conta.

Com a serenidade que lhe é característica, conta que a satisfação em desempenhar esse papel não permite que fique apenas como aposentado. Morando a três quadras do Anglo, ele chega sempre 20 minutos antes do horário. Revisa as salas de aula e reporta qualquer aspecto que esteja fora do padrão – algum móvel quebrado, alguma alteração no quadro. “Quando os alunos e professores chegam, já está tudo em ordem”, garante.

Para exercer sua função da melhor forma, conta ele, o agente de portaria precisa ter dedicação e jogo de cintura. Luiz já acalmou atritos, respondeu um pedido de abraço de uma pessoa com problema de saúde na família, entrou em sala de aula para entregar presente surpresa; comparece em reuniões para tirar fotos e é convidado para confraternizações. “Quando alguém me pergunta ‘será que poderia?’, com certeza vou fazer. Não custa. A gente se sente útil e colega, mesmo que terceirizado. O pessoal reconhece nosso trabalho e vê como a gente faz falta”, afirma.

E essa dedicação chegou a um reconhecimento especial no ano passado: seu Luiz foi escolhido como Funcionário Homenageado pelos formandos do curso de Letras – Português. E neste ano, recebeu novo convite. “Eu não esperava. Às vezes a gente pensa: sou apenas mais um aqui dentro. Mas não; estamos sendo observados”. Na verdade, é mais do que isso: seu Luiz os demais agentes de portaria também são a imagem da Universidade. “A gente ouve, ajuda, e também aprende. Aqui é maravilhoso de trabalhar”.

De família
Denise Farias Machado, 54 anos, não cabe em si de alegria. É só orgulho com a conquista do filho Talisson, 18 anos. Ele acaba de ingressar no curso de Ciência da Computação – e estuda exatamente no mesmo andar onde ela trabalha, o quarto andar do Campus Anglo.

É ali que diariamente ela desempenha as funções de limpeza e higienização de gabinetes, setores, salas de aula e áreas de convivência. Agora, o coração de mãe celebra o ingresso do caçula na instituição que tanto representa para ela. “Ele já sabe como é a Universidade. Passo contando para ele como é aqui. Esperei muito por isso. É tudo de bom ser aluno da UFPel”, conta, entre os sorrisos que lhe são fáceis.

Figura estimada pelos frequentadores do quarto andar, Denise foi a responsável por trazer a maior parte das plantas que adornam o saguão em frente ao gabinete do reitor, das quais toma conta com dedicação. Participa das confraternizações e das integrações nos cafezinhos e almoços do dia a dia. “Cada sala tem um jeitinho. Conheço um pouquinho de cada um”, conta. Para ela, o trabalho realizado é muito importante para a Instituição – sabe que, sem eles, a UFPel iria ficar desassistida. “Prezo muito, principalmente pelos alunos. Adoro meu trabalho. Levanto pela manhã e me sinto útil. Sei que tem alguém precisando de mim”.

Transportando sonhos
Quando a filha, de oito anos, veio ao mundo – antecipadamente -, Luciano Ribeiro, 36 anos, quase não chegou a tempo. Estava no cumprimento de sua função, levando um grupo da UFPel para um evento em Campina Grande, na Paraíba. Estar na estrada é a missão de Luciano, que está na UFPel há 19 anos, 11 deles como motorista.

Seja levando a comunidade acadêmica a algum evento ou aula prática que vai engrandecer sua formação, seja transportando pessoas atendidas pelos projetos de extensão – crianças, idosos ou pessoas com deficiência -, Luciano faz o que gosta. “É um serviço de muita responsabilidade: levamos vidas”, destaca.

Para ele, é gratificante trabalhar sabendo que sua função contribui com as pessoas. De acordo com ele, professores, alunos e motoristas precisam estar juntos, interagindo, para o trabalho fluir. “O bom motorista tem que ter atenção, educação e bom relacionamento com seus passageiros”, conta.

Reconhecimento
A professora Idel Milani, do curso de Engenharia Hídrica, não poupa elogios. Para ela, seu Luiz, o personagem do início desta matéria, é exemplo. O sorriso largo, a acolhida e o trabalho bem feito são um modelo que relata aos seus alunos. “Isso faz toda a diferença. O seu Luiz e todos os funcionários terceirizados são essenciais para nós”, afirma.

Em tempos em que as palavras negativas chovem, Liliane Nachtigall Martins, doutoranda em Fitossanidade, gostou da atitude dos vigilantes do Campus Capão do Leão e não teve dúvidas: escreveu para elogiar. De acordo com ela, os vigilantes abordaram duas pessoas de fora da Universidade que circulavam de motocicleta em alta velocidade dentro do Campus e solicitaram que transitassem com tranquilidade. “Gostei da atitude dos rapazes, que estão prezando a nossa segurança”, contou a doutoranda, que também destaca o apoio dos profissionais inclusive durante os finais de semana, quando o movimento é menor no Campus. Segundo ela, os vigilantes estão atentos à entrada do local, fazem ronda constante e acompanham os estudantes em diferentes pontos do Campus. “É bom poder contar com esses profissionais e saber que estamos seguros. Nossos familiares também ficam tranquilos por saber que estamos protegidos”.

Para Liliane, os servidores terceirizados, tanto quanto cada servidor da UFPel, são agentes que cuidam do patrimônio público. “São sempre muito atenciosos. É uma equipe fantástica”, destaca.

Para acompanhar de perto
Neste ano, a UFPel criou o Núcleo de Gestão de Serviços Terceirizados (NUGEST), ligado à Pró-Reitoria Administrativa (PRA). A intenção é acompanhar os contratos das empresas terceirizadas e ser um ponto de apoio para os funcionários ligados a elas. Além disso, busca ser um espaço para atender e orientar os servidores responsáveis pelas fiscalizações desses contratos na UFPel. O Núcleo tem realizado reuniões periódicas com os fiscais e também com as empresas.

Atualmente, a UFPel tem servidores terceirizados – em mão de obra continuada – desempenhando serviços de copeiragem, manutenção predial, portaria, limpeza, motorista, auxiliar de bioterismo, vigilância, tratador de animais e operador de barragem. Há contratos que envolvem desde uma até 199 pessoas. O contrato de serviços terceirizados representa, em 2017, 58% do orçamento de custeio previsto da UFPel. Detalhes estão disponíveis aqui.

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Publicado em 27/10/2017, nas categorias Destaque, Notícias.