Antropologia da Cibercultura é tema de Aula Aberta
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promove, na próxima sexta-feira (10), uma Aula Aberta sobre Antropologia da Cibercultura. A atividade integra a disciplina Metodologia em Antropologia. Depois, haverá palestra e lançamento de livro. Todas as atividades serão realizadas no Auditório I do Centro de Artes (Rua Coronel Alberto Rosa, 62).
A presença crescente de computadores e seus dispositivos, nas mais variadas dimensões da vida, de cada vez mais pessoas, nas sociedades contemporâneas, estimula a reflexão do PPG. Nesse contexto, trabalhar, estudar, consumir, comer, deslocar-se, divertir-se, cuidar-se e comunicar-se são práticas em constante transformação. Como essas mudanças alteram a constituição das pessoas e suas relações é a tônica do encontro. O convidado será o professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jean Segata.
A Aula Aberta vai das 14h às 17h e tem a proposta de discutir práticas e metodologias da Antropologia a partir do campo da cibercultura e no campo da cibercultura. O tema central são as políticas etnográficas e seus limites e possibilidades para análises antropológicas em contextos atravessados por redes sociotécnicas. A agenda de discussão inclui tópicos teóricos e metodológicos, acentuando a reflexão sobre a ética em pesquisa no campo da cibercultura. Interessados em participar da Aula Aberta podem solicitar a inscrição pelo e-mail tatiananeis.tn@gmail.com. A bibliografia indicada está disponível para download aqui.
Palestra e lançamento de livro
Às 18h, Segata conduzirá a palestra “O Aedes aegypti e a Cibercultura”. A explanação aborda as recentes preocupações antropológicas com as crises sanitárias, que têm permitido compreender estratégias de poder para vigilância e controle de certas populações de humanos e de animais. Isso inclui problemas com as fronteiras de Estado/nação, espécie/território ou ciência/práticas locais. Questões dessa natureza serão abordadas a partir de resultados de pesquisa etnográfica que acompanhou a implantação de uma nova metodologia de atuação contra o Aedes aegypti no município de Natal (RN). A reflexão diz respeito ao modo como as vidas das pessoas e dos mosquitos têm sido cruzadas, co-produzidas e governadas localmente pelo cruzamento de infraestruturas globais: da biologia, da indústria química e das tecnologias digitais.
Depois, haverá o lançamento do livro “Políticas Etnográficas no Campo da Cibercultura”, organizado por Segata e Theophilos Rifiotis. A obra está disponível para download aqui.