FAUrb discute Projeto Arquiteto de Família
Na última sexta-feira (6), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel (FAUrb) recebeu a arquiteta Mariana Estevão. Em palestra, ela explicou o Projeto Arquiteto de Família, que poderá ser implementado em Pelotas. O Projeto Arquiteto de Família surgiu em 2001 “para promover a melhoria habitacional, com o principal objetivo de eliminar as precariedades da moradia que causam problemas na saúde e comprometem a segurança da família”, explica Mariana.
A arquiteta é idealizadora do projeto e criadora da ONG Soluções Urbanas, feita para captar recursos para a sua execução. Em 2007, o Arquiteto de Família passou a ser aplicado no Morro do Vital Brazil, em Niterói (RJ), em parceria com o Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria Estadual de Saúde.
Convidada pela professora da FAUrb Nirce Medvedovski, Mariana participou de reunião com a Universidade e Prefeitura para tratar da viabilidade de trazer o projeto para o Dunas, em Pelotas. O grupo visitou o loteamento para fazer um diagnóstico da qualidade da moradia, baseando-se em duas casas. Segundo Nirce, o bairro Dunas precisa não só de um projeto de regularização fundiária, que está em andamento, mas também de requalificação técnica, urbana e nas questões de infraestrutura.
A secretária de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana, Joseane Almeida, conta que a secretaria está trabalhando na regularização fundiária que prevê regularizar os terrenos. Para resolver a questão das habitações, há um projeto de reconstrução das casas que estiverem em péssimas condições. Nos casos em que uma reforma é suficiente, o Projeto Arquiteto de Família seria o adequado. “Esse trabalho da arquiteta vem totalmente ao encontro desse nosso propósito de recuperar a moradia que muitas vezes tem alguns problemas técnicos, mas está em boas condições.”
O Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (NAUrb) já trabalha com a questão da moradia popular. É focado em dois temas, sendo o primeiro uma rede de avaliação dos projetos realizados no Minha Casa Minha Vida e no PAC Urbanização e Assentamentos Precários.
O segundo é o Morar TS, que trata de métodos participativos que envolvam o usuário, e que reflitam sobre o que ocorre com a habitação depois que ela é entregue, conta a professora Nirce. É a chamada avaliação pós-ocupação.
A viabilidade de trazer o Projeto Arquiteto de Família a Pelotas não é certa. Mariana diz que será construída uma proposta adequada às necessidades locais, e assim ver o que a Universidade e o município têm de contrapartida. Então poderão buscar recursos para prestar uma assessoria, assim como a capacitação de profissionais para a aplicação da metodologia e a prestação de assistência técnica.