Música aliada à terapia no HE
Enquanto a recém-nascida Emanuelle fazia fototerapia, o pai, Filipe Oliveira, 30, tocava flauta transversal ao lado da incubadora para tranquilizá-la. Desde quando estava na barriga da mãe, Emanuelle já ouvia canções tocadas e assobiadas pelo pai. Filipe é aluno do curso de Bacharelado em Música da UFPel e contou que, logo após o nascimento da filha, já começou a assobiar melodias para ela. A mãe, Carmen Janaina Lima, 32, internada no Hospital Escola UFPel, comentou que é a primeira filha do casal e que as músicas do pai ajudam a acalmar a recém-nascida.
A música não só ameniza o ambiente hospitalar, como também proporciona distração e atua em uma área do cérebro responsável pela parte emocional. Quando se escuta música, o ouvido transforma os sons em estímulos elétricos que chegam ao cérebro provocando o aumento da produção de endorfina. Este hormônio, por sua vez, causa sensação de bem-estar e relaxa o corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
Pesquisadores da Universidade Drexel, na Filadélfia (EUA), descobriram que tanto a musicoterapia – quando terapeutas usam música para tratar os pacientes – quanto música na medicina – quando melodias são reproduzidas para pacientes nos hospitais – são eficazes para diminuir a dor, reduzir a ansiedade e ainda melhorar o humor e a qualidade de vida dos pacientes.