Nota da Reitora
Recebi com perplexidade um e-mail da Direção da ASUFPel sobre o andamento da consulta informal para a Reitoria da UFPel 2025-2028, com evidente interesse enviesado de colocar o processo de consulta conduzido pela COE (composta pelas três entidades representativas) em suspeição e que afronta a autonomia universitária.
Temos atendido as solicitações da COE com a máxima presteza e transparência, como sempre conduzimos nossos atos, conforme pode ser observado em toda a tramitação do tema que consta em processo SEI (23110.022632/2024-68). As solicitações têm chegado, em geral, advindas de comunicações de categorias isoladamente e não subscritas pela COE estabelecida.
A última solicitação que recebemos foi de que a UFPel estabelecesse contato para envio dos dados dos estudantes diretamente para a UFCSPA, com a finalidade de utilização de seu sistema online de votação (Urna UFCSPA). Os dados foram encaminhados ainda ontem, segunda-feira, 19 de agosto, e foi colocado membro da COE que firmou termo de responsabilidade sobre os dados em cópia ao e-mail, exatamente conforme solicitado pelas entidades.
Não aceitarei que essa narrativa falsa chegue à comunidade sem resposta, colocando em risco o compromisso que temos com a democracia. Como presidente do CONSUN e Reitora desta Instituição não posso tolerar uma ameaça à autonomia da Universidade com o uso de forças externas como a Polícia Federal, como dito explicitamente em e-mail da Direção da ASUFPel.
Cabe elucidar que inicialmente alegaram que não forneceríamos os dados para que não houvesse consulta e, assim, a votação ocorresse no Conselho Superior. Agora, apesar dos dados estarem todos de posse da Junta, recria-se a versão de que os dados não estão sendo disponibilizados a contento porque determinada pessoa não recebeu diretamente da Instituição.
Sabemos que, em virtude das adversidades enfrentadas em 2024, o horizonte de pleno funcionamento de nossa Instituição é o dia 31 de agosto, quando o calendário acadêmico semestral regular se encerra. A partir disso, docentes e técnicos serão obstados da consulta se o modelo de votação para estas categorias restringir-se ao presencial – o que considero uma afronta à possibilidade de ampla participação de nossa comunidade neste processo eleitoral e uma atitude retrógrada para o momento em que vivemos.
Conclamo a COE para que realize imediatamente a consulta à comunidade, da forma como sempre foi conduzida pelas instituições que a compõe, honrando suas histórias, de forma harmônica, transparente e participativa, respeitando o processo democrático na nossa Instituição e, principalmente, a nossa comunidade acadêmica.