Sala de Situação criada para enfrentar desastres climáticos na região sul é encerrada com participação fundamental da UFPel
Universidade esteve presente do primeiro ao último dia, delegando profissionais de todas as áreas necessárias para estudos
Na manhã de ontem, a prefeita Paula Mascarenhas, juntamente com representantes da defesa civil, do exército, da Universidade Federal de Pelotas, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense e de outras instituições, reuniram-se para discutir a situação atual da cidade de Pelotas.
As reuniões da Sala de Situação foram realizadas durante as chuvas e enchentes do mês de maio, com o objetivo de fornecer atualizações sobre a situação de Pelotas, os níveis da Lagoa dos Patos e as previsões para as próximas precipitações, envolvendo a participação da prefeita, da Defesa Civil e de especialistas meteorológicos.
Além disso, foi compartilhada a previsão para a redução do nível das águas. Para a maior parte das áreas, estima-se um período de aproximadamente uma semana, enquanto para áreas mais baixas prevê-se cerca de duas semanas. Caso as condições meteorológicas permaneçam estáveis conforme previsto, é esperado que a normalidade seja retomada até o final do mês de junho. A utilização de métodos matemáticos na meteorologia levou à conclusão de que não são esperadas mais chuvas significativas que representem ameaças para a cidade.
Prevê-se, no entanto, alguns ventos mais intensos provenientes do norte, bem como a formação de uma massa de ar quente.
A Reitora Isabela Andrade falou sobre a participação da UFPel na Sala de Situação: “A Universidade Federal de Pelotas teve um papel fundamental nesse contexto e nesse espaço. Nele, mais de 30 pessoas da nossa comunidade universitária, entre servidores, docentes, técnicos e estudantes participaram ativamente das ações técnicas relacionadas à área de meteorologia, hidrologia, cartografia, engenharia agrícola, engenharia civil, arquitetura, economia, matemática. Nesse sentido, toda a modelagem também foi feita pela universidade”, disse Isabela.
O professor Mateus da Silva Teixeira, do Curso de Meteorologia, também comentou sobre este período em que esteve atuando na Sala de Situação: “Nós fomos durante 28, 29 dias à sala de situação, fornecendo informações técnicas, informações meteorológicas, informações hidrológicas, tanto de condições atuais quanto previsões, para a orientação dos trabalhos da sala de situação. Então foi uma experiência muito interessante em que os órgãos de segurança, as defesas civis, a prefeita, o Cel. Márcio Facin, Coordenador
da 4a CREPDEC (Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil), nos escutavam com muita atenção e, em função das nossas informações, eles tomavam as decisões para salvar as pessoas, para evitar que as pessoas se colocassem em risco”, disse Mateus.
A atuação dos responsáveis pela Sala de Situação em relação ao desastre climático que assolou o estado, foi elogiada por muitos líderes de outras cidades, o planejamento apresentado foi muito importante para a prevenção a respeito dos cuidados com a população, e a Universidade Federal de Pelotas, teve neste contexto, um dos papéis mais importantes, carregando sempre consigo o poder da ciência e do conhecimento