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Portaria permite captação de recursos para projeto de restauro da Escola de Belas Artes

Foi publicada pela Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, órgão do Governo Federal ligado à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, portaria que homologa o projeto cultural de restauro do prédio da antiga Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal de Pelotas. A partir de agora, a Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS), entidade de apoio à UFPel responsável pela iniciativa, passa a poder captar doações e patrocínios por meio da legislação federal de incentivo à cultura.

O valor aprovado para captação é de pouco mais de R$ 5,53 milhões. Desse montante, a revitalização poderá receber até R$ 3,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da chamada pública “Resgatando a História”, para a qual o projeto foi aprovado em novembro de 2021. Também já estão garantidos, por meio da mesma iniciativa, aproximadamente R$ 870 mil da Ambev S.A., apoiadora do programa. O restante deve ser advindo de contrapartida da própria instituição proponente, que pode obter o recurso de outras empresas.

A previsão é que o processo de revitalização leve até três anos para ser concluído: após a elaboração dos projetos executivos, sob encargo da equipe da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, ocorrerá a licitação da obra, que inclui a intervenção na edificação e a qualificação final dos espaços, de forma a deixá-los aptos a acolherem as atividades pensadas para o local.

Foram propostos o restauro do prédio, com a troca do entrepiso e da cobertura para estruturas metálicas. Também ocorrerá a adaptação necessária para garantir a acessibilidade interna, inclusive com instalação de elevador.

Interditado desde 2010, quando foram detectados danos em sua estrutura, o palacete construído em 1881 pertencia à família Trápaga, que doou a edificação à Escola de Belas Artes, em 1963, com a condição de que fosse um espaço de ensino e promoção das artes. Agregada à nascente Universidade Federal de Pelotas, a EBA trouxe consigo ao patrimônio da UFPel o prédio, no qual funcionou , por longos anos, o Instituto de Artes, depois Instituto de Letras e Artes.

Com a revitalização da EBA, o espaço voltará a ser utilizado para essa proposta. O piso térreo reunirá áreas voltadas à educação para a arte, de forma a acolher estudantes de ensino básico e professores dessa mesma rede, para educação continuada: haverá brinquedoteca e ateliês multiuso, além de sala para laboratório de design. Já no andar superior, um dos diferenciais do projeto: uma sala multiconfiguracional, que pode abrigar as mais diferentes expressões artísticas ao poder ser utilizada como auditório, arena ou espaço livre.

 

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