UFPel integra projeto para desenvolvimento de Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a Saúde
Através de uma chamada pública feita em parceria pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), compõe com outras instituições públicas brasileiras de ensino superior, um projeto de pesquisa selecionado para constituição de um Centro de Inovação em Inteligência Artificial aplicada à Saúde (CIIA-Saúde).
O resultado do edital anunciou a aprovação de seis propostas incluindo as áreas de agronegócio, indústria, saúde ou cidade inteligentes relacionando métodos de Inteligência Artificial (IA).
A participação da UFPel surgiu através de uma iniciativa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) do Rio Grande do Sul, que procurou articular uma proposta para o edital, reunindo universidades gaúchas com o foco de pesquisa na área da saúde. Buscando fortalecer o projeto, instituições de outras regiões do Brasil foram incluídas na parceria e integram a composição do plano para o CIIA-Saúde.
Sendo assim, o CIIA-Saúde será liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), contando com o trabalho de instituições e pesquisadores da região sul, incluindo a UFPel, colaborando nos campos de epidemiologia, computação e biotecnologia. Além das instituições de ensino, o projeto tem o apoio de quatro empresas das áreas de saúde, tecnologia e educação (Unimed-BH, Kunumi, Intel e Grupo Splice).
A proposta aprovada receberá cerca de R$ 20 milhões em recursos ao longo dos próximos 10 anos e desenvolverá pesquisas no campo da IA, focadas na descoberta de soluções que contribuam na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças para população brasileira.
A inteligência artificial é uma tecnologia com ferramentas essenciais para evolução de pesquisas e descoberta de novos conhecimentos. Tendo isso em mente, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPPGI), Flavio Fernando Demarco, explica que a participação da Universidade em projetos desta área é essencial para alavancar a possibilidade da inserção da IA no panorama de pesquisa e desenvolvimento da UFPel. Demarco também ressalta, a capacidade promissora da Instituição neste campo. “Dentro da UFPel, vimos que esse é um dos campos que nós deveríamos ter como área estratégica e começamos a trabalhar no HUB de inteligência artificial para utilizá-la em diferentes campos do conhecimento”, explicou.
O professor do curso de Ciência da Computação da UFPel, Ricardo Matsumura Araujo, destaca a importância e o retorno que a Universidade tem ao colaborar com a iniciativa que amplia ainda mais o destaque da Universidade nas áreas de Saúde e Computação e permite que recursos e talentos nestas áreas contribuam para o avanço dos objetivos do Centro. “A Universidade conta com dois programas de pós-graduação nota 7, nas áreas de Epidemiologia e Biotecnologia, e o único curso de doutorado em Ciência da Computação no interior do RS, onde Inteligência Artificial é um dos grandes enfoques. Em adição, a UFPel criou recentemente o Hub de Inovação em Inteligência Artificial, um projeto que visa agregar talentos e conhecimentos na área de IA na região”, destacou.
A IA é responsável por auxiliar na identificação de informações e aceleramento na filtragem de dados ou características essenciais, otimizando a entrega de resultados. O professor de biotecnologia, Frederico Schmitt Kremer, destaca os benefícios da IA aplicada à saúde quando atrelada ao campo da biotecnologia. “O melhor exemplo é comparar quanto tempo se levava para se criar uma vacina nova antigamente e o tempo que levou para se criar várias vacinas novas neste um ano de pandemia. A biotecnologia aliada com a inteligência artificial, consegue criar produtos e serviços rapidamente muito mais inovadores e que vão beneficiar a saúde humana, a indústria, o agronegócio e todas as áreas em quebra tecnologia atua”, finalizou.