Estudo aponta estabilidade da proporção de casos de coronavírus no RS
Dados mais recentes coletados pelo estudo Epidemiologia da Covid-19 no Rio Grande do Sul (Epicovid19) sugerem estabilidade da prevalência de pessoas com anticorpos para o coronavírus nas últimas semanas.
A quarta fase do estudo revela que a prevalência do coronavírus no estado segue baixa, indicando um infectado para cada 562 habitantes, ou 0,18% da população com anticorpos. As estimativas apontam 1.778 infectados reais para cada um milhão de habitantes, contra 580 casos notificados. Essa relação de estimativas de casos reais e casos notificados era de oito vezes na primeira fase, subiu para 12 vezes, quinze dias depois, e passou para nove vezes na terceira fase. Agora, essa proporção é de três casos não notificados para cada caso notificado, apontando diminuição da subnotificação por aumento da testagem no Estado.
No que se refere ao isolamento social, o estudo mostra que apenas 31,5% da população sai de casa diariamente, uma variação de 1,1 ponto percentual em relação à fase anterior da pesquisa. Considerando todas as fases da pesquisa até aqui, observa-se que há um movimento suave na retomada das atividades, sendo que a proporção de pessoas que nunca saem de casa diminuiu dois pontos percentuais em relação à fase anterior, passando de 16,5% para 14,5%.
Entre os sintomas observados pelas pessoas que contraíram o vírus, tosse (23,1%), dor de garganta (15,4%) e diarreia (15,4%) são os mais comuns, seguidos de falta de ar e alteração de olfato/paladar, com 7,7%.
A letalidade baseada no total de casos é de 0,97%, o que equivale a 197 mortes para cada 20.226 casos, e de 3,0% se considerados apenas os casos notificados (197/6.559).
Do total de oito testes positivos encontrados na quarta fase da pesquisa, quatro foram em Passo Fundo, dois em Uruguaiana, um em Pelotas e um em Porto Alegre. Nesse sentido, a região de Passo Fundo segue sendo um caso a ser observado mais de perto.
O teste utilizado (WONDFO SARS CoV 2 Antibody Test) avalia anticorpos produzidos pelo organismo após a infecção, e não identifica o vírus ativo logo após o contágio. Ele pode produzir 15% de falsos negativos e 1% de falsos positivos ainda assim, foi recentemente avaliado como uns dos melhores no mercado.
A pesquisa terá ainda outras quatro fases. A previsão é realizar até 16 de agosto, entrevistas e testes com mais 18 mil pessoas nas nove cidades sentinelas.