Balanço do emprego formal em março: Pelotas e Rio Grande
O Observatório Social do Trabalho, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), divulgou informações referentes ao balanço do emprego formal em março de 2017 nos municípios de Pelotas e Rio Grande.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho (MTb), em março de 2017, ocorreram em Pelotas 2.326 admissões e 2.072 desligamentos, o que resultou em um saldo positivo de 254 empregos formais celetistas. Observa-se, pois, uma taxa de variação de 0,41% em relação ao estoque do mês anterior. Esse desempenho foi melhor do que o de março de 2016, quando o saldo, também positivo, foi de 112 vínculos.
Em Rio Grande ocorreram 1.394 admissões e 1.432 desligamentos, resultando em um saldo negativo de 38 vínculos formais, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,09% em relação ao estoque do mês anterior. Em março de 2016, o desempenho do mercado de trabalho de Rio Grande foi bem melhor, constatando-se um saldo positivo de 259 vínculos formais de emprego.
Comparando-se a conjuntura local com a conjuntura nacional e estadual, constata-se que março foi um mês com desempenho mais favorável, com saldos positivos no Estado do Rio Grande do Sul e em Pelotas, enquanto que no Brasil e no município de Rio Grande os saldos foram negativos.
No Rio Grande do Sul, o saldo positivo resultou na criação de 5.236 novos vínculos formais de emprego, o que corresponde a uma variação de 0,21% em relação ao estoque do mês anterior. No Brasil, ocorreu saldo negativo de 63.624 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,17%.
O balanço do emprego formal no acumulado do ano
O balanço do emprego formal celetista no acumulado do ano foi positivo apenas no Estado do Rio Grande do Sul, que apresentou um saldo de 24.643 vínculos formais de emprego e uma variação de 0,97%. No Brasil, o saldo é negativo, com uma perda de 64.378 vínculos formais de emprego, sendo a variação de -0,17%. Em Pelotas, o saldo do acumulado do ano também é negativo, com uma perda de 408 vínculos e uma taxa de variação de -0,65%. Em Rio Grande, o saldo foi de -518 vínculos e a taxa de variação de -1,24%, o desempenho mais negativo dentre as unidades geográficas analisadas.
O balanço do emprego formal nos últimos doze meses
O balanço do emprego formal nos últimos doze meses mostra-se bastante negativo em todos os níveis geográficos analisados, destacando-se o péssimo desempenho de Rio Grande. Em Pelotas, constata-se que houve uma perda acumulada de 1.910 empregos formais celetistas em relação ao estoque de março de 2016, o que corresponde a uma taxa de variação de -2,97%. Em Rio Grande, a perda foi bem mais elevada, de 5.423 vínculos, correspondendo a uma taxa de variação de -11,66%.
Esse desempenho negativo nos últimos doze meses é igualmente observado no conjunto do país e no Estado do Rio Grande do Sul. No Brasil, registram-se 1.090.429 empregos formais perdidos, o que corresponde a uma taxa de variação de -2,77%. No Rio Grande do Sul, foram 48.594 empregos formais celetistas perdidos, o que corresponde a uma taxa de variação de -1,86%.
O balanço setorial do emprego em Pelotas
No mês de março de 2017, a indústria de transformação (+ 162 vínculos) foi o setor que mais contribuiu para que o saldo do emprego fosse positivo, seguido pelo comércio (+51 vínculos) e pela agropecuária (+26 vínculos). No acumulado do ano, os únicos setores com saldos positivos foram o de serviços (+228 vínculos) e o da agropecuária (+20 vínculos). Os demais apresentaram saldos negativos, destacando-se a indústria de transformação (-387 vínculos) e o comércio (-219 vínculos).
No período de doze meses, o cenário é bastante negativo, com perda generalizada de empregos formais. Nesse quadro, destacam-se os desempenhos negativos do comércio (-558 vínculos), da construção civil (-538 vínculos), da indústria de transformação (-342 vínculos) e o dos serviços (-276 vínculos).
O balanço setorial do emprego em Rio Grande
No mês de março, destaca-se o desempenho negativo do setor de comércio, com uma perda de 180 vínculos formais de emprego. A indústria de transformação apresenta saldo positivo pela segunda vez no ano, de 140 vínculos.
No acumulado do ano, o comércio (-381 vínculos) e os serviços (-219 vínculos) destacam-se como os setores com saldos negativos mais elevados. Nos últimos doze meses, somente a indústria de transformação perdeu 4.429 vínculos formais de emprego. Dentre os demais setores que apresentaram saldos negativos, destacam-se os serviços (-512 vínculos) e o comércio (-414 vínculos).
Nota metodológica:
Os dados do CAGED referem-se apenas aos empregos formais celetistas registrados, declarados pelos estabelecimentos ao Ministério do Trabalho (MTb), estando excluídos os empregos públicos estatutários e os empregos e ocupações informais. É importante sublinhar, ainda, que estes dados estão sujeitos a ajustes, tendo em vista as declarações realizadas fora do prazo regular.
Para mais informações: http://wp.ufpel.edu.br/observatoriosocial/