Debate sobre a creditação da extensão será intensificado
O Plano Nacional de Educação (PNE) preconiza que 10% da carga horária dos cursos de graduação seja dedicada a atividades de extensão. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) já deu início às discussões relacionadas ao tema e pretende, até o fim do ano, ter a resolução sobre o assunto homologada. Nos próximos dias, os coordenadores de curso serão convocados para compor um grupo de trabalho que gerará o documento.
Mais do que cumprir uma meta já prevista pelo PNE, trata-se de uma concepção de universidade. Afinal, a proposta é uma materialização da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, explica a pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Denise Bussoletti.
Conforme a coordenadora do Núcleo de Patrimônio Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC), professora Francisca Michelon, a extensão deixa de ser um componente eletivo para tornar-se parte efetiva dos cursos. Como prática reconhecida e avaliada pelas graduações, será determinante na concepção dos projetos pedagógicos.
Até agora, apenas três universidades no Brasil já têm sua resolução homologada: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) já encaminhou a proposta, que aguarda aprovação.
O documento gestado pelo grupo de trabalho deverá ser submetido à apreciação do Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (COCEPE) e passará por consulta pública, o que dará as características finais da resolução. A intenção é implantar em cursos piloto já em 2016. A PREC oferecerá todo o acompanhamento necessário durante o processo.
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