Evento acolhe estudantes cotistas
Um momento composto por atividades culturais e formativas serviu para a acolhida dos estudantes beneficiados por ações afirmativas na Universidade Federal de Pelotas. Realizado na tarde desta quarta-feira (25), o evento realizado no Tablado dos cursos de Dança e Teatro foi promovido pela nova Coordenação de Ações Afirmativas e Políticas Estudantis (CAPE) da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis.
Após a abertura com as boas-vindas dadas pelo coordenador da CAPE, professor Rogério Rosa, e pela pró-reitora, Ediane Acunha, que destacou o início de um atendimento mais específico para os cotistas com a reformulação da Coordenação, foram desenvolvidas atividades voltadas para as duas principais matrizes atendidas pelas cotas sociais e que lutaram por essa conquista, os afrodescendentes e os indígenas.
A primeira intervenção foi realizada por Maria Apurinã, que conduziu um momento de pinturas corporais inspiradas na cultura da sua tribo. Ela explicou que as pinturas são realizadas em diversos tipos de ritual para invocar a proteção e que cada uma das formas traz um tipo de significado: a borboleta invoca a liberdade, o peixe, a fluidez, por exemplo. Como não seria possível usar a tinta do jenipapo, usada originalmente, foi usada tinta guache.
Depois, o coordenador da ONG Odara, Dilermando Freitas, trouxe um pouco da cultura negra por meio do tambor de sopapo, instrumento largamente utilizado pelos escravos em Pelotas na época das charqueadas. Ao som do tambor, bailarinas convidaram os presentes a dançarem junto com elas, repetindo movimentos tradicionais das danças africanas, muitos deles inspirados nas religiões de matriz africana.
O momento foi encerrado com a participação do professor Miguel Dias, que partilhou um pouco da história da luta pelas ações afirmativas.