Reitoria e Ceng buscarão soluções para falta de professores
Uma reunião a ser convocada pelo Gabinete da Reitoria deverá buscar soluções para a falta de professores em cursos do Centro de Engenharias (Ceng), mais precisamente nas Engenharias Geológica e de Petróleo e no curso de Geoprocessamento. Do encontro deverão participar, além da Reitoria, a Direção do Ceng e coordenadores dos cursos, quando serão mapeadas quais são as lacunas existentes e apontadas formas de solucionar o problema. Também na reunião serão tratadas questões de infraestrutura nos laboratórios dos cursos.
Este foi o encaminhamento do encontro realizado na manhã desta quarta-feira (18), no auditório acadêmico da Reitoria, entre a Administração Superior da Universidade, a Direção do Centro, coordenadores de cursos, docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos da unidade. O encontro foi chamado pela Reitoria após manifestações de estudantes durante a Calourada.
“Chamamos esta reunião para tentar compreender o que está ocorrendo. Não fomos comunicados do problema e fomos surpreendidos com a manifestação da Calourada. Em nossa gestão, criamos uma matriz para distribuição de vagas docentes que tem critérios claros. Acabamos com a política de pedidos de balcão”, disse o reitor Mauro Del Pino no começo do encontro.
Fim do balcão
Da forma como o processo está estabelecido hoje na UFPel, não está nas mãos do Reitor a decisão sobre envio de vagas para as unidades, mas estabelecido através da matriz de distribuição e definido por uma Comissão de Alocação de Vagas Docentes, após chamadas por editais.
O reitor observou ainda que antes do fim ano, atendendo a um Edital publicado pela Universidade, no dia 19 de dezembro, as unidades apresentaram suas solicitações de professores substitutos, processos apreciados pela Comissão de Alocação de Vagas Docentes, conforme os critérios estabelecidos com a comunidade, os mais justos que era possível, feitos para equalizar as diferenças entre as unidades. ” E os pedidos foram atendidos desta forma”, registrou Del Pino.
Como o processo ainda é um procedimento novo na Universidade, os critérios da matriz de vagas estão sendo rediscutidos, para serem aperfeiçoados. A Universidade tem lançado também editais específicos para as unidades concorrerem a vagas de professores chamadas de estratégicas.
A fala do reitor foi complementada pela da vice-reitora, Denise Gigante, que lembrou ter o Cocepe (Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão), órgão por ela presidido, também ter feito clara discussão sobre o tema. Ela ressaltou que as solicitações foram atendidas levando em conta as prioridades apontadas pelas próprias unidades. “E depois disso não chegou nenhuma nova demanda”, sublinhou.
O reitor, durante a conversa com a comunidade do Ceng, que durou mais de três horas, observou que o Centro é a unidade com maior percentual de recursos orçamentários a receber em 2015, 13 por cento do que será destinado às unidades acadêmicas. O total da matriz orçamentária das unidades acadêmicas para este ano supera os R$ 3 milhões. “Também são critérios objetivos para a distribuição desses recursos”, registrou. Para Del Pino, dialogando, um bom termo será atingido para que não faltem mais professores e recursos.
Infraestrutura
Quanto aos problemas de infraestrura relatados, o reitor disse que são fruto de escolha equivocada de colocar os cursos em prédio sem condições de receber atividades acadêmicas, no caso o da antiga Alfândega, onde estão os três cursos. “Estamos tentando criar estas condições, em parte na Cotada, com novos pregões de aparelhos de ar-condicionado, e provendo, em seis meses, a geração de energia necessária ao funcionamento dos equipamentos na Alfândega. Já há uma firma contrada para isso”, informou Del Pino. O reitor projetou que a solução definitiva para a situação virá somente a longo prazo, com a construção de um novo prédio para os cursos, em terreno da UFPel localizado em frente à antiga Fábrica de Fiação e Tecidos, também na zona do Porto.
Diálogo
Durante todo o encontro, a Reitoria ouviu manifestações de toda a comunidade do Ceng, desde da Direção, passando pelas coordenações de cursos, docentes, técnico-administrativos e de estudantes, respondendo, individualmente ou em bloco, às questões apresentadas.