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Lepaarq UFPel realiza escavações arqueológicas no Pontal da Barra

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Escavação arqueológica no cerrito PSG-06

O banhado do Pontal da Barra é palco de mais uma campanha de pesquisas arqueológicas realizada pela equipe do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas (Lepaarq/UFPel). A pesquisa faz parte do projeto “Arqueologia e História Indígena do Pampa: Estudo das populações pré-coloniais na bacia hidrográfica da Laguna dos Patos e Lagoa Mirim”, sob coordenação do professor Rafael Guedes Milheira e o trabalho de campo compõe o cronograma da disciplina Práticas de Campo II do curso de Bacharelado em Antropologia com linha de formação em Arqueologia da UFPel, ministrada pelo mesmo professor.

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Escavação arqueológica no cerrito PSG-06

Esse projeto tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem por objetivo compreender aspectos da ocupação indígena dos grupos construtores de cerritos, que habitaram as margens da laguna dos Patos e lagoa Mirim, desde aproximadamente 2500 anos atrás. No banhado do Pontal da Barra foram identificados, até o momento, 18 sítios arqueológicos conhecidos como “cerritos de índio”, que se configuram como montículos de terra com até 1,20 metros de altura e aproximadamente 80 metros de diâmetro. Esses cerritos foram utilizados para várias finalidades, entre elas: servir de plataforma seca para moradia, áreas de depósito de lixo das atividades quotidianas dos índios que os construíram, áreas de plantio, área de sepultamento dos mortos e demarcadores territoriais. Sabe-se até o momento que os cerritos do Pontal da Barra foram ocupados num período de aproximadamente mil anos, visto que as datações oscilam entre 2300 e 1200 anos antes do presente, o que denota uma história indígena de longa duração bastante desconhecida e desconsiderada na história regional.

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Fragmento de cerâmica coletado no cerrito PSG-07

As atividades de campo dessa campanha arqueológica continuarão ocorrendo até o dia 14 de dezembro, contando com uma equipe de quase 40 pessoas, envolvendo pesquisadores e alunos da UFPel e de instituições parceiras no projeto. O projeto envolve parcerias com o Laboratório de Arqueologia Regional do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (LAR-MAE/USP), o Laboratório de Física Nuclear Aplicada da Universidade Estadual de Londrina (LFNA-UEL), o Centro Universitario Regional Este (Cure) de la Universidad de la República–Uruguai,  o  Laboratório de Cronologia Nuclear do IF-UFF (Lacron), a Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da UFPel e o Laboratório de Oceanografia Geológica da Fundação Universidade do Rio Grande (LOG-Furg).

Interessados em visitar os trabalhos de campo, devem agendar pelo telefone 91545420.

 

Publicado em 09/12/2013, na categoria Notícias.