Cada servidor deve se reconhecer como parte do todo, diz pró-reitor de Gestão de Pessoas
Dando sequência à rodada de Audiências Públicas de 2013, nesta quinta-feira (24), foi a vez da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) relatar as suas atividades e ouvir a comunidade, em encontro realizado no auditório da Faculdade de Agronomia, no Campus Capão do Leão. A Pró-Reitoria administra um universo de 4.573 usuários, correspondendo a 2.771 servidores ativos, 1495 servidores inativos e 307 pensionistas.
Presente ao evento, o reitor Mauro Del Pino voltou a dizer que as audiências buscam mudar a cultura de isolamento entre a comunidade acadêmica e a administração, estabelecendo o diálogo e, na medida do possível, incorporando as sugestões à política administrativa. Compartilhando a mesma ideia, o pró-reitor de Pessoas, Sérgio Batista Christino, ponderou que a finalidade das audiências difere um pouco do contexto do que possa ter sido entendido. “Elas não tem o caráter de mera prestação de contas, mas sim, de proporcionar o diálogo e reunir informações que sintetizam as preocupações e interesses da comunidade nas mais diferentes áreas”, afirmou. Ele manifestou a expectativa de que a iniciativa das audiências públicas ganhem corpo até o próximo semestre, talvez com uma nova estratégia de realização.
Ao descrever o compromisso da PROGEP, o pró-reitor disse que, na essência, é a promoção do desenvolvimento de pessoas, a partir de processos de gestão que assegurem a integração, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação profissional visando o exercício da cidadania, em consonância com os objetivos e estratégias institucionais.
“Nossa principal meta é que cada servidor se reconheça como uma parte do todo, assumindo a condição de membro da comunidade acadêmica”, enfatizou Christino. Para isso, segundo ele, é necessário assegurar o reconhecimento de todos os direitos – “os deveres são a outra face da moeda”.
Parte importante da explanação foi dedicada à exposição da nova estrutura da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, agora composta de Coordenações, Núcleos e Seções. Ao pró-reitor, estão diretamente ligados a Assessoria da Pró-Reitoria (APRGP), o Núcleo de Saúde e Qualidade de Vida e as Coordenações de Administração de Pessoal (CAP), de Desenvolvimento de Pessoal (CDP) e de Políticas de Pessoal (CPP). À CAP estão ligados o Núcleo Financeiro (NUF) e o Núcleo de Cadastro (NUC), e à CDP vinculam-se o Núcleo de Capacitação (NUCAP) e o Núcleo de Avaliação e Acompanhamento Funcional (NAAF).
Estruturado na Seção de Saúde e Segurança do Trabalho e na Seção de Perícia Médica, o Núcleo de Saúde e Qualidade de Vida tem como desafio o estabelecimento de uma política institucional a partir do embasamento legal, buscando a promoção à saúde do servidor e a vigilância em saúde, através de exames médicos periódicos (aguarda-se assinatura de contrato com a Unimed).
A área de ação da Administração de Pessoal é abrangente e contínua, uma vez que todas as demais áreas produzem assentamentos que são processados neste setor, além das ações que lhe são próprias e inerentes, como folha de pagamento; admissões, exonerações e vacâncias; aposentadorias, alimentação dos sistemas integrados de pessoal, etc.
Já a Coordenação de Políticas de Pessoal está subdividida nas seções e Mobilidade (remoção e redistribuição de servidores) e de Dimensionamento e Planejamento.Outra ação importante desta gestão foi a realização da primeira aplicação da Matriz de Alocação de Vagas de Servidores Técnico-Administrativos, aprovada pelo fórum composto por integrantes da administração e por diretores de Unidades Acadêmicas.
A Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal sucede ao antigo DPDP (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Pessoal). Através de seus dois núcleos, executa a política de capacitação de pessoal e de avaliação e acompanhamento funcional. Nesse quesito, o pró-reitor destacou a importância da avaliação por mérito, que rompe com a ideia de progressão funcional por tempo de serviço, que, em sua opinião, não contempla nenhum critério de justiça. “A progressão por mérito nos é muito cara, pois é um reconhecimento ao esforço do servidor”, enfatizou Christino, admitindo a necessidade de negociação com a entidade sindical.
Respondendo a uma indagação da plateia, o reitor Mauro Del Pino disse que a mudança estrutural da Universidade, que transformou departamentos em coordenações, objetiva trabalhar com a perspectiva de um trabalho coletivo e solidário, menos hierarquizado, tornando cada técnico uma parte mais visível e importante do processo.
Os outros questionamentos giraram sobre a implantação das 30 horas. Del Pino afirmou que esta é uma reivindicação histórica da classe, mas que a flexibilização da jornada de trabalho está condicionada ao funcionamento ininterrupto da Universidade no período de 12 horas. “Queremos promover o diálogo para criar as condições de ofertar todos os serviços de forma ininterrupta, trazendo, assim, maior satisfação aos servidores”, afirmou o reitor.
Mesmo havendo unanimidade sobre a legitimidade da reivindicação, alguns dos presentes questionaram problemas estruturais no campus Capão do Leão, como deficiências dos sistemas de transporte e iluminação, mas, principalmente, as dificuldades impostas pelo número insuficiente de servidores. Em resposta, Mauro Del Pino relatou o conjunto de ações que visam sanear o campus, como a oferta abundante de água e a sua potabilidade (índices de qualidade superiores aos do Sanep), recuperação e higienização de reservatórios; estabilidade no fornecimento de energia elétrica (recuperação da rede, manutenção de geradores e construção de subestações); projeto de urbanização e iluminação do campus; além da construção de novo aulário, conclusão do prédio da biblioteca central e negociação com a empresa para eventual acréscimo de horários de ônibus.
De acordo com o pró-reitor de Gestão de Pessoas, um dos objetivos para o próximo ano, seguindo o que preconiza o próprio MEC, é a observação da métrica de 15 alunos por técnico-administrativo. “A UFPel está hoje muito aquém desse patamar, mas o Ministério se comprometeu a repor o déficit gerado pelo crescimento desordenado proporcionado pelo Reuni – o número de servidores não obedeceu ao crescimento no número de cursos e estudantes”, criticou.
“Em virtude desta demanda e graças a negociações com o MEC, conseguimos nomear em 2013 cerca de 130 novos servidores, o mesmo número de técnicos contratados durante um período de oito anos”, complementou o reitor.
Conheça, no arquivo abaixo, a nova estrutura da PROGEP e suas principais realizações.