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Professores da UFPel recebem prêmio O Futuro da Terra

Os destaques da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias para o agronegócio gaúcho receberam, na noite de segunda-feira(26), em cerimônia na 36ª Expointer, os troféus do prêmio O Futuro da Terra, concedido pelo Jornal do Comércio em colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

A 17ª edição do evento aconteceu no auditório da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio O diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, lembrou que O Futuro da Terra homenageia os trabalhos de pesquisa pela sua representatividade e relevância para a melhoria das técnicas utilizadas no campo pelos produtores rurais, como manejo para produzir mais com menores custos, controle de doenças e pragas, ou a busca de cultivares mais resistentes. “Os cientistas são grandes artífices do desenvolvimento da agricultura no País, cada um deles contribuindo com uma parcela desse avanço a partir de suas pesquisas teóricas e aplicadas”, afirmou.

Durante a cerimônia, o governador do Estado, Tarso Genro, ressaltou a “nobreza do trabalho e a inteligência dos pesquisadores, que se traduzem em desenvolvimento e geração de riquezas”. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, lembrou que os resultados das pesquisas se propagam e que as inovações têm ajudado a multiplicar a produtividade da lavoura. “Isso é agregar valor às commodities”, pontuou. A diretora-presidente da Fapergs, Nádya Pesce da Silveira, destacou a importância do papel do Jornal do Comércio como divulgador da pesquisa científica produzida no Estado.

UFPel
132940_ECO_27147_thumb_medio132940_ECO_27156_thumb_medioEntre os homenageados com o prêmio O Futuro da Terra estão os professores da UFPel José Antonio Peters e João Carlos Deschamps, o primeiro com Prêmio Especial e o segundo na área de Tecnologia Rural.

José Antonio Peters construiu uma trajetória de destaque na iniciativa privada e em empresas estatais e instituições tradicionais brasileiras. Entre 1999 e 2001, ele atuou na Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Nessa época, o cacau praticamente desapareceu na Bahia em função da temível vassoura-de-bruxa. “Usamos a biotecnologia para introduzir um gene de resistência ao fungo causador da doença”, relembra.

Na área do melhoramento, o pesquisador desenvolveu um projeto de cultura de antera, através de convênio UFPel/Embrapa, que fez com que a cultura do arroz, que levava seis anos para ter novas cultivares, pudesse tê-las em dois anos. Peters também participou de projetos como a produção de plantas livres de doenças e vírus e com alto potencial genético. É o caso de maçã, morango, mirtilo, framboesa e amora. As mudas resultantes desse projeto foram vendidas no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Este projeto foi realizado em Pelotas, através de duas empresas privadas, a Biotec Mudas e a Agrícola Theodósio. As plantas foram multiplicadas em laboratório. Dentro da UFPel, ele orientou mais de 60 alunos de mestrado e doutorado nas áreas de biotecnologia e fisiologia de plantas. Um dos trabalhos mais recentes realizados pelo pesquisador, e que deve chegar ao mercado em breve, foi o desenvolvimento de técnicas para retardar o amadurecimento do melão gaúcho, através de uma parceria com o Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFPel. “Temos sementes e experimentos mostrando a eficiência do processo que desenvolvemos, mas ainda estamos no aguardo das liberações”, comenta.

Extraído de http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=132184 http://jcrs.uol.com.br/site/especial.php?codn=132940

Publicado em 29/08/2013, na categoria Notícias.