Visita de docentes do curso de Farmácia estreita relações com a Extractus
Em sintonia com o, já previsto, processo de transformação da Extractus Manipulação e Cosméticos em unidade que se caracterize também como uma Farmácia Escola, ação conjunta entre a Fundação de Apoio Universitário (FAU) e o curso de Farmácia da UFPel, um grupo de sete docentes do curso visitou a empresa nesta quarta-feira(10), com o objetivo de conhecer seus laboratórios, a fim de projetar aulas práticas que serão ministradas em suas dependências.
A coordenadora de qualidade, Andréia Rodrigues, apresentou aos professores cada passo do processo de manipulação dos medicamentos, desde a estocagem e o fracionamento até o controle físico-químico de qualidade de matérias-primas e insumos, no quais foi evidenciado que, além das análises exigidas pela legislação, são observadas várias outras precauções consideradas necessárias pela farmácia, para assegurar a qualidade das matérias-primas e dos insumos.
Foram exploradas também as áreas de lavagem e esterilização de materiais, os laboratórios de sólidos, semi-sólidos e líquidos, veículos cosméticos, substâncias especiais e controle de qualidade físico. Foram expostos os processos e salientada a importância das inspeções em cada etapa do processo produtivo, bem como do rigoroso controle de qualidade final no produto.
A farmácia superou as expectativas dos professores, por possuir uma estrutura preparada e ser altamente organizada e qualificada. Os professores Francisco Del Pino e Claiton Lencina ressaltaram a importância da rastreabilididade que é preconizada na unidade, uma vez que cada passo do processo é conferido, registrado e assinado pelo profissional responsável, o que facilita um controle maior do que é fornecido e consequentemente uma redução significativa da margem de erro.
Já o professor Cabral Pavei, que ministrará a partir da próxima semana a disciplina Farmacotécnica e Cosmetologia II nas dependências da unidade, observou a relevância de poder preparar os alunos do curso de Farmácia também na área de controle de qualidade, não muito enfatizada na grade curricular, mas importante na formação do farmacêutico, que não deve obsoleta. Segundo ele, os alunos terão a oportunidade de presenciar a forma adequada de se trabalhar em uma farmácia, vivenciado os procedimentos que garantem a rastreabilidade e levam à garantia da qualidade do produto.
Por sua vez, a coordenadora do curso de Farmácia, Márcia Mesko, falou da distância que há entre a formação de um aluno que tem a oportunidade de realizar experiências em tais contextos e aquele que não a tem, lembrando que o foco deve ser direcionado ao fortalecimento do aprendizado, para que os estudantes transformem-se em aprendizes competentes no que concerne também à preparação para o mundo do trabalho, vencendo as formas tradicionais de ensino.
Finalmente, Priscila Chaves, gerente da FAU que atua inclusive na farmácia, apontou que, conjuntamente a isso se vive de forma marcante a era da qualidade da educação universitária e que hoje em dia muito do que se faz é em nome da qualidade. “Se há vários conceitos de qualidade, no que concerne aos projetos futuros para a farmácia, tenho pensado na qualidade como sinônimo de respeito às especificidades de uma formação acadêmica, como respeito ao universo formador do farmacêutico”, observou.