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Rede Recop finaliza primeira grande fase e elege comitês

Pró-reitor Júlio Mattos fala sobre a redeDepois de uma história de mais de dez anos, a Rede Metropolitana de Pelotas (Redecomep/Recop – Rede Comunitária de Ensino e Pesquisa) finalmente chega ao final da primeira grande fase de implantação. A iniciativa traz redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas do país servidas pelos Pontos de Presença da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Agora, mais de 30 localizações da região – incluindo 22 da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – dispõem de infraestrutura de fibras ópticas própria. A iniciativa é voltada para as instituições de pesquisa e educação superior e na formação de consórcios entre as instituições participantes de forma a assegurar sua autossustentação.

Com um trajeto de 58 quilômetros de fibra óptica, a Rede é um anel óptico que passa pelos municípios de Pelotas e Capão do Leão, atendendo Governo Federal, Governo do Estado, Governo Municipal e instituições parceiras.

Participantes da reuniãoEm uma reunião realizada na UFPel, representantes das entidades envolvidas falaram sobre os avanços e próximos passos e escolheram os líderes dos comitês Gestor e Técnico, que já funcionam. O Comitê Gestor será presidido pelo pró-reitor de Gestão da Informação e Comunicação da UFPel, Júlio Mattos, e o Comitê Técnico pelo coordenador de Redes e Infraestrutura da UFPel, Eduardo Monks.

Na ocasião, a gerente de Relacionamento com as Redes Metropolitanas da RNP, Cristiane Simões, contextualizou o propósito e a atuação da Redecomep nacional (cuja versão local é a Recop), e falou sobre a política de uso do sistema RNP, a institucionalização da rede e papéis e responsabilidades dos comitês. De acordo com ela, a Redecomep – Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa -, é um inegável caso de sucesso, interconectando mais de mil instituições de ensino e pesquisa por todo o País. “Para a RNP é uma honra muito grande lançar esta tão esperada Rede em Pelotas. Agradecemos todos os envolvidos que acreditaram e batalharam para transformar este sonho em realidade. Nós conhecemos os desafios superados ao longo desses dez anos e que incansavelmente foram superados um a um”, destacou. A gestora destacou ainda que essa ciberinfraestrutura é um bem público da sociedade. “Afinal, a Rede é o espaço que o estado e a comunidade têm para os relacionamentos estratégicos, é o espaço para suportar as atividades de Pesquisas Científicas, é o espaço para apoiar as políticas públicas, além de contribuir fortemente com o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e o desenvolvimento do país”, pontuou.

Mapa mostrando por onde passa a redeNa avaliação da coordenadora administrativa do POP-RS (rede acadêmica) e MetroPOA, Jussara Issa Musse, a Recop, compartilhada por várias Instituições, precisa estar assessorada pelos comitês, que deverão buscar novos interessados em participar da rede e zelar pela sua qualidade. “Com a criação dos Comitês, começou esta etapa, importantíssima para o futuro e perenidade da rede”, destacou.

O gestor corporativo da empresa Vetorial, Joares Rodrigues, salientou que a formação dos comitês é o verdadeiro pontapé inicial na gestão desse recurso tão esperado pela comunidade e que vai dar celeridade na adesão de todas as entidades à Rede. “É um marco para Pelotas e a Vetorial reafirma seu compromisso de ser a parceira tecnológica da Rede Recop, contribuindo de forma proativa com a comunidade acadêmica e todos os agentes envolvidos”.

Agilidade e qualidade
O projeto foi viabilizado entre RNP, UFPel e Vetorial. A Universidade é a responsável pela administração da Rede, ou seja, sua operacionalização – chamado Ponto de Agregação no contrato com a RNP. Com essa concentração, a resolução de eventuais problemas fica mais ágil e simplificada.

A Rede deve resolver o problema de dispersão dos campi da UFPel – a qualidade do acesso é como se todos estivessem no ponto de origem -, reduzir custos com conexões e aumentar a velocidade, além de possibilitar maior segurança pública oportunizado qualificação no videomonitoramento e na redução de custos de ligações telefônicas através do projeto VoIP.

Atualmente, a Rede tem velocidade de 1 GBit por segundo, com capacidade para ser ampliada para 10 GBit, upgrade condicionado ao equipamento em uso. Ou seja, é de fácil expansão. Ademais, explica o coordenador de Redes e Infraestrutura da UFPel, Eduardo Monks, o grande diferencial deverá ser a possibilidade de novos projetos e ações conjuntas entre as instituições parceiras que será possibilitado por meio de uma rede de fibra óptica qualificada. Entrariam aí, por exemplo, experimentos que exijam grande volume de dados, aplicações 3D, vídeos, entre outras.

Objetivos da Recop
– Resolver o problema de dispersão dos campi
– Reduzir custos com conexões e aumento de velocidade
– Prover segurança pública através do projeto de videomonitoramento
– Reduzir custos de ligações por meio do projeto VoIP
– Democratizar o acesso à Internet
– Melhorar as condições de ensino, pesquisa e extensão
– Qualificar a promoção da cultura
– Qualificar a segurança pública
– Qualificar condições de trabalho
– Desenvolver cultura, segurança, saúde
– Desenvolvimento tecnológico (infraestrutura)
– Interligar subestações de energia da CEEE
– Levar Internet para escolas estaduais
– Prover mais infraestrutura para Procergs

Localizações
UFPel: Porto, Alfândega, Cotada, Transportes, ICH (todo o entorno), Engenharia Madeireira, Direito, Odontologia, Casa do Estudante, prédio da antiga AABB, Agência da Lagoa Mirim (ALM), prédio da antiga Justiça do Trabalho, Turismo, Lyceu, Mercosul, Laboratório Multidisciplinar de Investigação Arqueológica (Lâmina), Hospital Escola, Campus Capão do Leão, Faculdade de Medicina, Centro de Pesquisas Epidemiológicas Amílcar Gigante, Escola Superior de Educação Física, Radar Meteorológico
IFSul: Reitoria, Campus Pelotas e CAVG
Embrapa: sede e ETB
Prefeitura
Procergs
CEEE
Serpro

Protagonismo
Estiveram presentes na reunião que definiu os comitês o diretor-presidente da Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel), Cristian Küster, a gestora de TI do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), Carla Pires, o pró-reitor de Gestão da Informação e Comunicação da UFPel, Júlio Mattos, a gerente de Relacionamento com as Redes Metropolitanas da RNP, Cristiane Simões, a coordenadora administrativa do POP-RS e MetroPOA, Jussara Issa Musse, e o gestor corporativo da Vetorial, Joares Rodrigues, acompanhados de outros representantes dessas Instituições.

Histórico
2008 – Prefeitura e UFPel impulsionam a rede metropolitana com o apoio da RNP
2009 – IFSul, Embrapa e CEEE ingressam no projeto
2010 – Projeto perde o interesse da UFPel e dos demais participantes
2011 – Tentativa de revitalização do projeto, mas ainda sem apoio
2012 – Em dezembro, antes de deixar o cargo, o reitor da UFPel retoma o convênio
2013 – Assinatura do convênio envolvendo UFPel, CEEE e RNP
2013 – Redefinição do traçado da fibra e recebimento da fibra e equipamentos
2015 – Aprovação do projeto executivo na CEEE
2015 – Ao aprovar o projeto executivo, CEEE aponta a necessidade de substituição de 50 postes
2016 – RNP e Vetorial assinam Acordo de Cooperação Técnica. Vetorial fica como responsável pela implantação e manutenção da Recop
2017 – Aprovação do primeiro lote pela CEEE (Maio/2017)
2017 – Início das obras (Agosto/2017)
2017 – Ativação nos primeiros prédios (Novembro/2017)
2017 – Fase 1 – Ativação de 17 locais da UFPel (Dezembro/2017)
2018 – Fase 2 – Reitoria IFSul (Dezembro/2018)
2019 – Fase 3 – Ativação de mais três localizações da UFPel (ESEF, Radar Meteorológico e Centro de Pesquisas Epidemiológicas) e IFSul CAVG (Janeiro/2019)
2019 – Fase 4/5 – Ativação de mais duas localizações da UFPel (Faculdade de Medicina e Hospital Escola) e IF Sul Campus Pelotas (Abril/2019)
2019 – Fase 6 – Ativação no Campus Capão do Leão da UFPel (Junho/2019)
Atualmente: Fase 7 – Interligação da Embrapa Clima Temperado (sede)