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Seminário Pensamento Crítico começa na UFPel

seminario_umRefletir sobre a democracia pós-ditadura e aprofundar debates sobre o cenário atual de incertezas são duas das missões do evento que começou na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) nesta terça-feira (1º). Até o dia 3, mais de cem pessoas estarão reunidas na Faculdade de Direito para o 7º Seminário Internacional Pensamento Crítico – Constitucionalismos, Democracias e Educação: o presente e o futuro da América Latina.

O encontro iniciou em 2005 e, desde lá, sempre gera um livro após cada edição. Reunindo várias instituições de ensino, o Seminário congrega uma linha de reflexão filosófica e política. Conforme um dos organizadores da atividade, professor Jovino Pizzi, nesta edição a proposta é pensar a América Latina no contexto pós-ditadura, já que a concepção de democracia acaba sendo ligada ao conceito de passividade. “Pensamos que todos os problemas estariam resolvidos com a democracia. Mas necessitamos mais aprofundamento nos debates e repensar questões básicas, como políticas sociais e papel do Estado. Precisamos refletir sobre o modelo de sociedade, convivência e perspectivas que vivemos e queremos”, pontuou.

Na abertura do evento, o reitor da UFPel, Mauro Del Pino, destacou que o encontro será um importante espaço para a contemplação do contexto social, político e econômico vivido atualmente. “Pensamentos conservadores espalham tentáculos por todos os setores e isso precisa ser compreendido. O fenômeno merece uma análise bastante detida, inclusive no sentido de defender os caminhos que se vem percorrendo nos últimos anos, como a garantia de políticas públicas, que correm riscos”, disse, mencionando que, neste cenário de disputa, cabe à academia atuar para que avanços e conquistas das últimas décadas de fato se consolidem.

O evento é promovido pelas Faculdades de Direito, Educação e Filosofia da UFPel, juntamente com Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IF-Sul) e Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Nesta edição, foram 82 trabalhos inscritos. O Seminário dará origem a dois livros – uma das publicações reunirá as palestras dos professores e, a segunda, dois trabalhos selecionados de cada mesa temática.

Reflexões
seminario_doisAs atividades começaram com a palestra da professora da Universidade Estadual do Amazonas, Rita de Cássia Fraga Machado, que falou sobre Educação, Gênero e Diversidade enquanto espaços democráticos. Também integrando a primeira atividade, o professor da Universidade de Forte Valley, nos Estados Unidos, Edward Demenchonok, não pôde estar presente, mas enviou um texto de contribuição que foi apresentado aos presentes.

Na quarta-feira (2), as palestras serão com Maria Aparecida Rezende, que falará sobre Desafios dos Povos Amazônicos ou os Dilemas para a Democracia Brasileira, e Renel Prospere, que abordará Haiti: Primeiro Estado-Nação Afro-Ameríndio Latino-Americano.

Depois, ainda na quarta-feira, haverá a participação de Delamar José Volpato Dutra, que traz o tema Constitucionalismo Brasileiro: uma Perspectiva Filosófica, e Dilnéia Rochana Tavares, que aborda Esfera Pública e Democracia: os Movimentos Sociais e Pluralismo.

Na quinta-feira (3), data do encerramento do evento, os temas em evidência serão Patologias da Educação: Dados de uma Pesquisa Gaúcha, com Jarbas Santos Vieira; América Latina Pós-Ditaduras, com Jovino Pizzi; e Constitucionalismos e Modelos, com Maria das Graças Britto. A palestra de encerramento está a cargo de Cristián Valdés Norambuena, que falará sobre Repensar América Latina.

As mesas temáticas, que ocorrem à tarde, giram em torno dos assuntos Educação e Direitos Humanos; Políticas Distributivas e Governança; Modelos de Democracia; Constitucionalismo e Constitucionalismos; Democracia, Educação e Diversidade; Teorias do Controle Social e Pluralidade; Educação Ambiental e o Futuro da Natureza; e Constitucionalidade: entre o Sagrado e o Laico.

Publicado em 01/09/2015, nas categorias Destaque, Notícias.