Comunidade acadêmica participa de passeata por professora
São 30 dias sem notícias. Há exatamente um mês, familiares, amigos, colegas e alunos da professora Cláudia Hartleben não têm nenhuma informação sobre seu paradeiro. Na manhã deste sábado (9), uma passeata pela professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) foi realizada, saindo do Altar da Pátria em direção à Praça Coronel Pedro Osório.
Cerca de 200 pessoas participaram da manifestação, cujo objetivo era continuar chamando atenção para o caso e manter a comunidade alerta e informada. Nos cartazes, os amigos pediam a volta de Cláudia e demonstravam a espera pelo retorno da professora ativa, sempre presente, amiga e incentivadora.
Conforme o diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDTec), professor Odir Dellagostin, o grupo aguarda uma solução para o caso. “Não queremos que caia no esquecimento”, disse.
Coordenadora do curso de Biotecnologia da UFPel, Cláudia é pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e também ministra aulas no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Atuante na área de diagnóstico imunológico, a professora trabalha especialmente com diagnóstico de leptospirose. Conforme o diretor do CDTec, os orientandos de Cláudia tentam dar continuidade aos trabalhos de pesquisa, mesmo com a ausência da professora participante e encorajadora. “De repente, eles estão se sentindo um pouco órfãos”, lamentou. Segundo Dellagostin, as disciplinas ministradas por Cláudia atualmente estão distribuídas entre outros docentes.
Charles Klazer Gomes, 28 anos, faz doutorado em Biotecnologia e se diz perplexo com a situação do desaparecimento da co-orientadora. “Não só pelo contexto, mas pela falta de solução”, afirmou, mencionando que os alunos se sentem de mãos atadas, apesar da vontade de ajudar. “A Cláudia é uma pessoa fantástica. Realmente ela faz muita falta como orientadora e como ser humano. Esperamos que se chegue a uma conclusão positiva”, disse.
Presente na passeata, a vice-reitora da UFPel, Denise Gigante, reiterou a solidariedade da Universidade.
A passeata percorreu ruas centrais da cidade até a Praça Coronel Pedro Osório, onde foi feita uma prece.
Como ajudar
Recentemente, os colegas de Cláudia fizeram uma oferta de recompensa de R$ 10 mil para quem tiver alguma informação que permita a elucidação do caso. “Foi uma iniciativa buscando algo de concreto para ajudar”, explicou o diretor do CDTec.
Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro da professora deve entrar em contato com a Polícia Civil, pelos telefones (53) 3222-2000 ou 197.