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Para Reitoria, ocupação é quebra de diálogo

Diante dos episódios de violência envolvendo estudantes da Moradia Provisória da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) ocorridos neste domingo (26), na praça Vinte de Setembro, a Reitoria vem definindo medidas que propiciem a permanência dos moradores da Casa Provisória. A Reitoria, reunida pela manhã no Gabinete, decidiu visitar a Casa do Estudante para conferir a situação com os alunos que para lá foram. Antes que isso ocorresse, os estudantes ocuparam o Gabinete da Reitoria.

Foram propostas três alternativas para o caso: o retorno dos moradores à Casa Provisória, com garantia de segurança; moradia em quartos da Casa do Estudante, de alunos que se dispusessem a receber os colegas; e liberação do auxílio-instalação no valor de R$ 360,00, para os que desejarem procurar outro local para se estabelecer. Este auxílio tem o mesmo valor do auxílio moradia e será concedido até a divulgação dos contemplados.

No encontro ocorrido com os estudantes no Gabinete, na manhã desta segunda-feira, a Reitoria relatou todas as medidas tomadas para dar segurança e assistência aos alunos que foram vítimas dos atos de violência e aos moradores da Casa Provisória. Mesmo com o diálogo, os estudantes resolveram ocupar o Gabinete. Nesta tarde, técnicos da Reitoria verificaram as condições de permanência dos estudantes no piso que está em obras na Casa, reformas que deverão estar prontas em 40 dias, conforme a proprietária do imóvel. A obra havia sido paralisada por solicitação dos próprios moradores da Casa, no ano passado. A retomada das obras foi feita por iniciativa da Administração, visando implantar no térreo mais um restaurante universitário, em função da grande demanda do restaurante da 15 de novembro.

Para a Reitoria, o diálogo é o melhor caminho para solucionar os problemas, mas entende que, com a ocupação do gabinete, este diálogo foi quebrado. A ocupação faz com que haja prejuízo ao trabalho da Administração e da Universidade como um todo. As reivindicações dos alunos apresentadas no fim da tarde foram respondidas em documento entregue aos ocupantes. Na ocupação ocorrida no ano passado, foi aberto canal de comunicação com os estudantes, que não deram prosseguimento ao diálogo, pela ausência de seus representantes nas reuniões marcadas. Assim, a Administração está solicitando a imediata desocupação do gabinete para que o diálogo possa ser retomado.

O fato causador

Dois estudantes da moradia provisória foram espancados na madrugada deste domingo, na saída de uma festa, em briga generalizada, em ambiente externo da UFPel, onde a Instituição não tem responsabilidade sobre a segurança. No ambiente interno da Universidade, não há registros de qualquer caso de violência.

Os moradores da Casa Provisória, temendo ameaças, deixaram o local e foram para a Casa do Estudante, no mesmo dia, permanecendo nos locais de obra, do segundo piso.

Assistência

Desde as 7h de domingo até o fim da tarde, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ediane Acunha, esteve junto aos estudantes, providenciando liberação de internações e tentativa de contatos com familiares. O reitor, Mauro Del Pino, esteve em contato com autoridades competentes buscando garantir o reforço do policiamento próximo à Moradia Provisória, e estipulou a ampliação da vigilância da Universidade. Mesmo assim os estudantes deixaram a moradia provisória.

Aluno

O estudante que sofreu lesões graves na cabeça foi removido nesta tarde para a UTI do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), por ação da Administração Superior da UFPel. A Reitoria está acompanhando o quadro clínico do estudante e repassando as informações ao grupo de alunos.

Leia o documento com as reivindicações dos estudantes

Demandas da ocupação

Leia a resposta da Reitoria

Memo105-15_ resposta ocupação

 

Publicado em 27/04/2015, na categoria Notícias.