Palestra de Eduardo Taddeo lota sede da Asufpel
Na noite da segunda-feira (26) o cantor, compositor e ex vocalista do grupo paulistano Facção Central, o rapper Eduardo Taddeo, conversou sobre drogas, violência, exploração, opressão, realidade da periferia entre outros assuntos com uma plateia de mais de 150 pessoas que lotou a sede da Asufpel.
Com a maior parte do público formado por jovens, fãs do cantor, as histórias e testemunhos sobre a realidade na periferia atraíram a atenção da plateia que ouviram Eduardo Taddeo e interagiram com contribuições nos variados temas.
Durante a palestra, o rapper defendeu ideias contra o uso de drogas e bebidas alcoólicas e contra a mídia e expos sua visão sobre os problemas sociais e o estado de guerra que o Brasil vive.
O evento, realizado pelo Movimento Hip Hop Pelotas, contou com a palestra e lançamento do livro A guerra não declarada na visão de um favelado. A Universidade Federal de Pelotas e a Prefeitura Municipal patrocinaram o evento.
Eduardo Taddeo
Eduardo nasceu e foi criado no Grajaú, Zona Sul de São Paulo/SP e estudou apenas até a 5ª série. Quando começou a escrever letras de rap, sentiu necessidade de ampliar seu conhecimento para poder transformar sua indignação em rima.
Por onde passa, Eduardo Tadeo arrasta uma multidão sedenta para ouvir suas ideias. Contundente em suas opiniões, não economiza palavras para descrever todo o asco que sente com a discrepância na divisão de renda da sociedade brasileira. Depois de lançar sete discos com o Facção Central, Eduardo se prepara para armar seus seguidores com outra munição, tão letal quanto suas letras de rap.
Livro A guerra não declarada na visão de um favelado
A nova munição de Eduardo é um livro que trata sobre diversos temas ligados às condições sociais do Brasil. Há alguns anos, o rapper dedica parte de seus dias para escrever este trabalho. Se antes o público que acompanha Eduardo já se surpreendia com a diversidade de argumentos utilizados nas letras de rap, agora vai ter ainda mais conteúdo para suprir as lacunas deixadas pela educação deficiente que é oferecida nas escolas.
O livro de Eduardo é uma obra muito esperada pelo público do hip-hop brasileiro e será leitura obrigatória para todo morador de periferia que quiser compreender como opressor age para manter o povo em condições sub-humanas.