Pesquisa traça perfil de idosos que vivem com HIV/Aids em Pelotas
Defesa de dissertação – Mestrado Profissional em Saúde Pública Baseada em Evidências
Título: Características dos idosos vivendo com HIV/Aids em Pelotas
Apresentador: Ângela Beatriz Affeldt
Orientador: Mariângela Freitas da Silveira
Banca: Fernando Whermeister e Susane Müller Klug Passos
Data: 07/02/2014
Hora: 10h
Local: Auditório Kurt Kloetzel.
Pesquisa realizada com o objetivo de conhecer as características de todos os indivíduos com HIV acima de 60 anos de idade, cadastrados no Serviço de Assistência Especializada (SAE) no ambulatório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Este estudo foi realizado no ano de 2013, utilizando os prontuários do SAE e as fichas de notificação compulsória armazenadas pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica.
Segundo a mestranda e enfermeira Ângela Beatriz Affeldt, sob a orientação da professora e Drª Mariângela Freitas da Silveira e da doutoranda e Bióloga Raquel Siqueira Barcelos, é crescente o número de pessoas que estão se tornando idosas com HIV/Aids.
Foram identificados 142 indivíduos com idade entre 60 e 83 anos, encontramos maior número de pessoas entre a faixa etária dos 60 aos 64 anos, do sexo masculino e de cor da pele branca.
O nível de escolaridade dos idosos investigados foi baixo e a forma de contaminação mais relatada foi através de relação heterossexual. Observou-se que a maioria tinha menos de 60 anos quando descobriram serem portadores do HIV e atualmente apresentam sintomas para Aids e fazem uso de antirretroviral em média a 7,2 anos.
Os resultados indicam que é crescente o número de pessoas que estão se tornando idosas com HIV/Aids, favorecidos pela terapia antirretroviral, pois a introdução destas medicações prolongou a sobrevivência das pessoas contaminadas, pois reduz a ocorrência de doenças oportunistas.
Também é importante destacar que a maioria dos pacientes investigados sofreu contaminação por via sexual, portanto é evidente que a atividade sexual esta presente em todas as idades e não pode ser ignorada pelos profissionais da saúde e pelas campanhas preventivas.