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Escutando a comunidade, UFPel dá início à criação de protocolos de combate a violências

Em uma proposta de construção coletiva, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizou, nesta quinta-feira (27), o primeiro encontro aberto para a elaboração de um protocolo de prevenção e combate a todas as formas de violência na Universidade. No Auditório da Reitoria, uniram-se movimentos sociais, autoridades do legislativo e executivo, representantes de associações, lideranças de coletivos, estudantes, professores, técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados, para dar início a uma política que busca coibir – e dar um basta – às mais variadas violências.

O encontro foi a primeira grande ação liderada pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) – ainda em estágio de formação -, que já tinha em sua concepção a proposta de elaborar essas diretrizes. O início dos trabalhos, previsto para ocorrer no final de março, foi antecipado devido ao recente caso de racismo contra um motorista terceirizado da instituição.

Após as boas-vindas da reitora, Ursula Silva, o vice-reitor Eraldo Pinheiro elencou as ações que já vêm sendo desenvolvidas no segmento na instituição. O gestor também anunciou a criação de um serviço de acolhimento à pessoa vítima de violência, primeira instância de contato e encaminhamentos, que está em fase de seleção de pessoal e será iniciado em breve.

A pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Cláudia Daiane Molet, apresentou a Proafe e suas coordenações: Relações Étnico-Raciais, Diversidade e Gênero; e Acessibilidade. A seguir, abriu o debate sobre os protocolos de combate às violências.

Depois das manifestações variadas, foram apresentados os Grupos de Trabalho (GTs) que atuarão nas diferentes frentes de combate: Racismo; Capacitismo; Etarismo e Violência contra a Pessoa Idosa; LGBTQIA+fobia; e Violências contra a Mulher (veja abaixo como participar).

Dentro dos próximos passos, está prevista audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul na UFPel, em data ainda a definir. Em março e abril, ocorrerão reuniões semanais dos GTs e, em maio, deverá ocorrer a reunião geral dos grupos. A intenção é que a compilação do documento final e o envio para a aprovação seja feito em junho.

Para o vice-reitor, trata-se de uma discussão primordial para avançar na pauta e consolidar todas as ações que já foram feitas até aqui. Segundo ele, a UFPel hoje é mais diversa – o que já se reflete nas salas de aula e quadros de formatura –, tanto pelo ingresso de estudantes quanto de ocupação de vagas para cotas raciais em editais de seleção de professores. “Um evento como esse, que se propõe a ouvir a comunidade e estabelecer a participação das pessoas de forma coletiva, desde a concepção, faz com que a gente acredite no futuro de uma Universidade sem violência e com respeito ao que os Direitos Humanos preconizam”, projeta.

A pró-reitora caracterizou o momento como histórico. “É o compromisso da Proafe construir políticas de ingresso e permanência para que a UFPel seja de fato uma universidade que acolha e inclua todas as pessoas”, disse. Para ela, o auditório cheio mostra o quanto a UFPel, enquanto instituição pública de ensino, precisa cada vez mais estar próxima da comunidade para que seja possível criar estratégias coletivas de construção de enfrentamento a todas as violências. “Deixo o convite para que as pessoas estejam junto conosco participando dos GTs”.

Para participar
Qualquer pessoa interessada pode participar dos GTs. Basta fazer a inscrição pelo e-mail proafeufpel@gmail.com, indicando qual grupo gostaria de integrar e incluindo nome, telefone e representação (se for o caso). As primeiras reuniões ocorrerão na semana do dia 10 de março.

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