Reitora reúne-se com representantes de Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática
A reitora da Universidade Federal de Pelotas, Isabela Andrade, esteve reunida na última semana com representantes do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, criado pelo governo do Rio Grande do Sul para auxiliar no processo de reconstrução e planejamento do estado frente aos desastres climáticos.
Além de Isabela, participaram representando a UFPel o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Ferreira Júnior, e o diretor da Faculdade de Meteorologia, Marcelo Alonso; pela Universidade Federal de Santa Maria, a vice-reitora Martha Adaime e o professor Vagner Anabor, docente do curso de Meteorologia; por parte da Defesa Civil do RS, participaram os coronéis Márcio Facin, coordenador regional de Pelotas, e Jacob Pinton, de Santa Maria. O grupo santamariense participou de maneira remota.
Alonso explicou que já trabalhava com o Programa Pró-Clima, do governo estadual, quando também passou fazer parte da composição do comitê científico. Dessa maneira, conforme explica, algumas iniciativas do primeiro grupo tomaram um novo impulso com o trabalho do Plano Rio Grande, que busca estratégias de reconstrução do estado após o desastre climático ocorrido alguns meses atrás.
Entre os planos, está a criação de um plano de governança que regionalize a interação entre a Defesa Civil, por meio de suas coordenações locais, com as universidades presentes no estado. A ideia, segundo o diretor da Famet, é usar o conhecimento de pesquisa produzido pelas instituições para auxiliar, especialmente, quando necessárias respostas imediatas a fenômenos naturais. Essa estratégia traria mais autonomia às regiões, aumentando a qualidade nos alertas emitidos e nas decisões tomadas.
O coronel Facin afirmou que tal iniciativa iria ao encontro da experiência bem sucedida da interação entre Defesa Civil de Pelotas com a UFPel durante a crise ocorrida em maio deste ano, modelo que poderia ser replicado em outros locais, de acordo com o plano a ser apresentado. “Há uma carência no estabelecimento de salas de situação regional”, concluiu ele. Entre as razões apresentadas para a regionalização, está também o fato de o Rio Grande do Sul possuir ecossistemas diferentes entre si, com os quais as diversas regiões estariam mais habituadas.
Tanto a reitora da UFPel quanto a vice-reitora da UFSM afirmaram parecer clara a necessidade da regionalização das ações da Defesa Civil. Isabela destacou, entretanto, que seria precisa uma boa divisão de atuação e competências, inclusive das universidades parceiras do sistema. Assim, poderia haver uma interação entre especialistas de diversas áreas, como a meteorologia, a geologia e a hidrologia. “Essas áreas específicas sozinhas não conseguem resolver problemas complexos como o ocorrido”, pontuou o professor Anabor.