Reunião com dirigentes da UFPel discute orçamento e indicadores educacionais
A Administração Central da UFPel esteve reunida com as direções das 22 unidades acadêmicas da UFPel, no dia 6 de abril, no auditório do Centro de Artes, para tratar do orçamento da Universidade para 2023 e dos indicadores educacionais dos cursos de graduação. O encontro teve por objetivo buscar alternativas de forma coletiva para a reversão dos indicadores desfavoráveis e potencialização dos indicadores que se consideram adequados, com destaque à ampliação do número de ingressantes e de diplomados, passando pela discussão sobre a permanência estudantil.
Após a abertura realizada pela reitora, Isabela Andrade, vice-reitora, Ursula Silva, e pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFPel, Paulo Ferreira Jr., o superintendente de Orçamento e Gestão de Recursos, Denis Franco, apresentou a situação atual do orçamento da Universidade.
De acordo com o superintendente, a UFPel terminou 2022 com um déficit de R$ 5 milhões e o orçamento de 2023 é menor que o orçamento de 2022 e, embora exista a promessa do MEC de uma recomposição do orçamento aos valores de 2019, ainda há previsão de déficit para 2023. O orçamento atual é de R$ 67,4 milhões e o orçamento de 2019 foi de R$ 74,2 milhões. “A recomposição reduziria o déficit, mas não seria suficiente para o equilíbrio das contas. A estimativa de déficit em março de 2023 é de R$ 21,6 milhões, sem muitas possibilidades de redução adicional, pois a UFPel já opera abaixo das suas condições mínimas. Há uma pressão por aumento no valor das bolsas, o que geraria um gasto de R$ 2 milhões. Existe a perspectiva de suplementação por parte do MEC, mas até o momento é apenas uma promessa”, disse.
A seguir a pró-reitora de Ensino, Fátima Cóssio, apresentou os dados acadêmicos da UFPel, traçando uma análise geral das IFES. De acordo com a pró-reitora, os indicadores educacionais (ocupação de vagas, evasão, retenção e diplomação) têm sido objeto de análise das universidades públicas federais com mais intensidade nos últimos anos, em decorrência de diversos fatores, como a crise econômica ampliada com a pandemia que coloca os jovens diante da necessidade de atuarem no mundo do trabalho, sendo, em muitos casos, incompatível com o ingresso e/ou a permanência na Universidade, a redução da população na faixa etária indicada (18 a 21 anos) para ingressar na educação superior, a redução de concluintes do ensino médio. “Além disso, precisamos pontuar a forte campanha contrária às instituições públicas protagonizada pelo governo anterior, o modelo de universidade adotada no Brasil que mantém cursos de longa duração e, em sua maioria, de tempo integral, o que impossibilita o acesso às pessoas trabalhadoras e, por fim, a tendência mundial de utilização de tecnologias na educação, com maior agilidade, rapidez e atratividade”, ressaltou Fátima.
O cenário vem sendo apresentado pela Administração Central, juntamente com os indicadores gerais da Universidade e de cada curso de graduação, para as coordenações de curso e chefias de departamento.