Início do conteúdo

Progep promove live para discutir aspectos do teletrabalho

A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas promoveu, no dia 26 de outubro, uma transmissão ao vivo para tratar sobre o tema do teletrabalho. A ideia era, nesse momento em que a Universidade Federal de Pelotas intensifica as discussões para a implantação do sistema, trazer a experiência de outras instituições federais de ensino que também se organizam para tanto.

Participaram da live a pró-reitora de Gestão de Pessoas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenadora do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino Superior (Forgepe), Mirian Dantas, e a decana de Gestão de Pessoas da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do grupo de trabalho sobre teletrabalho do Forgepe, Maria do Socorro Gomes. A mediação ficou a cargo da pró-reitora de Gestão de Pessoas da UFPel, Taís Ullrich.

Abrindo a transmissão, Taís destacou que pouco se pensava na adoção do regime de trabalho a distância nas universidades federais até que a pandemia forçou que grande parte dos servidores desenvolvesse suas atividades de casa. “Não podemos confundir o trabalho remoto com o teletrabalho, pois são regimes diferentes, mas pudemos ter uma experiência do que é trabalhar de casa”, destacou a pró-reitora.

Para conduzir as discussões no âmbito da Universidade, foi designada uma comissão que realizará a avaliação do tema e elaborará a proposta de um texto-base para a normativa que regerá o sistema. De acordo com Taís, o que se delineia é um processo de adesão facultativa e não definitiva; também se prevê que o servidor possa realiza-lo parcialmente, intercalando períodos remotos e presenciais. Ela destaca, no entanto, que antes que qualquer decisão seja tomada, haverá um amplo processo de discussão e consulta aos servidores da UFPel; mas que tal iniciativa necessita de que a comunidade esteja bem informada sobre o tema.

Troca de experiências

A coordenadora do Forgepe iniciou sua fala traçando um histórico sobre as discussões sobre o teletrabalho no serviço público. Ela pontuou que o sistema já tem sido adotado com êxito em órgãos do poder judiciário e, no âmbito do executivo, na Controladoria Geral da União, há alguns anos, mas que, pelo caráter essencialmente presencial do trabalho nas universidades, esse assunto ainda não havia encontrado espaço para debate em tais instituições. “A pandemia agiu como catalisador”, afirmou Mirian.

Tanto gestora de pessoas da UFRN quanto da UnB ressaltaram os pontos positivos e negativos trazidos pela adoção do teletrabalho. Foram ressaltadas a autonomia de horário por parte do servidor e a ausência ou redução de deslocamentos, resultando em mais tempo para atividades pessoais; em compensação, elas também destacaram a dificuldade nas relações socioprofissionais e os possíveis problemas ocasionados pelo isolamento.

Além disso, Maria do Socorro também destacou benefícios e desafios no que tange às instituições: uma potencial melhoria na qualidade dos trabalhos produzidos, aliada à economia de recursos e insumos, ao passo que também podem ocorrer falhas de comunicação entre a equipe, possibilidade de vazamento de dados institucionais, além de uma maior dificuldade para os gestores para supervisão e coordenação dos trabalhos.

Algo que ambas concordam é que o regime de teletrabalho permite uma melhor retenção de talentos, que podiam acabar pedindo redistribuição, remoção ou até demissão, devido à distâncias ou outros fatores. Também é ponto de concordância que a adoção do regime trará alterações fortes nas relações de trabalho, que pedem capacitações e treinamentos, em especial para os gestores.