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Mesa ressalta a importância do Movimento Estudantil em conquistas e lutas

Os quatro participantes da última mesa-redonda realizada na terça-feira (23), dentro da Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (SIIEPE) da UFPel, tinham uma característica em comum. Alex Molina, formado na UFPel em Química de Alimentos, Luiz Alberto Antunes, estudante de Engenharia Civil, Laura Moschouts, acadêmica de Design Gráfico, e Daniela Luz, aluna de Agronomia e integrante da coordenação do DCE, têm ou tiveram uma forte atuação no Movimento Estudantil na Universidade.

Para contar histórias, traçar um perfil de Universidade desejada e ressaltar a importância do movimento em lutas e conquistas, a Gestão Central da UFPel convidou os estudantes para a mesa, ocorrida no começo da noite, no Anglo.

“Muito do que se tem hoje em termos de conquistas é pela luta e trabalho destas quatro pessoas”, disse o reitor Pedro Curi Hallal, na abertura da conversa com o público, formado majoritariamente por alunos. O reitor referia-se a conquistas como das áreas de transporte, moradia e alimentação.

“Foi pela dedicação deles ao Movimento Estudantil que foram convidados. Porque são balizadores do tema em discussão hoje, a Universidade que tivemos e a que queremos”, observou Pedro Hallal. O reitor destacou também o fato deles fazerem parte de grupos diversos dentro do Movimento Estudantil.

Coletivo

“Não podemos esquecer nunca do social”. Assim começou sua fala o agora pós-graduando em Educação Ambiental na Furg Alex Molina. Para ele, as lutas devem mirar sempre as causas coletivas. “Defender por nós e por todos. Façam suas opiniões serem ouvidas”, afirmou. Molina disse que se as ações não forem feitas coletivamente as mudanças não ocorrerão. “É preciso valorizar o Movimento Estudantil”, bradou.

Ele defendeu fortemente as formações filosófica e sociológica dentro dos cursos mais técnicos. Sublinhou que as conquistas ocorrem com o debate das ideias e não deixou dúvidas quando disse que a Universidade necessita de novos Regimento e Estatuto, que datam da criação da Instituição, em 1969.

Sentimento e vazio

Ao mesmo tempo em que disse que era bonito fazer parte do Movimento Estudantil, Laura Moschouts lembrou que hoje há um certo esvaziamento no ME. “Como ocorre com a política como um todo”, completou. Mas o que mais preocupa a acadêmica do Centro de Artes é o risco de perder a Universidade do modo como a conhecemos. “O que ela é, pública”, alertou.

A estudante observou que é preciso haver mais debates em torno dos temas sociais e políticos. “Nos cursos e na Universidade toda”, pregou.

Poder

“O Movimento Estudantil é capaz de transformar as nossas vidas e as dos outros”, disse Daniela Luz. A acadêmica da Faem recordou que as conquistas são fruto das lutas. “No Movimento, podemos construir melhorias para a sociedade”, registrou.

E ela disse que a Extensão Universitária também é um caminho poderoso de transformação, de mudança de vida para as pessoas. “Temos muito a fazer”, apontou.

Superação

O estudante do Centro de Engenharias considerou que, quando ingressou na Universidade, sentiu um certo desestímulo à participação no Movimento, mas que venceu estas barreiras e passou a dispor de tempo para “ajudar o outro”, como ele qualificou. “Muita coisa ocorreu por causa do ME. Pelas lutas do meu tempo e de quem esteve aqui antes”, afirmou Luiz.

Num certo tom de agradecimento, disse que a Universidade faz crescer como ser humano e a aceitar as diferenças. “Temos sempre de lutar para manter o diálogo aberto”, preconizou. Para Luiz, não basta que a Universidade valorize o Movimento Estudantil, mas que de alguma forma o apoio ao ME seja institucionalizado. “Os estudantes precisam de espaços para o debate”, ressaltou.

Publicado em 24/10/2018, nas categorias Destaque, Informes Acadêmicos, Notícias.