Campanha do agasalho arrecada cerca de 1,5 mil peças
A campanha do agasalho “Quanto Mais Quente Melhor” foi de fato calorosa na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Foram arrecadadas cerca de 1,5 mil peças de vestuário, destinadas especialmente aos estudantes que mais precisam. A distribuição ocorreu neste sábado (15), no Campus II da UFPel.
Foram doados casacos, jaquetas, calças, blusões de lã, moletons, camisetas, camisas, saias, vestidos, jeans, mantas, luvas, gorros, meias, calçados e acessórios. Cada acadêmico pôde escolher um item de cada, ficando a critério da organização a liberação de mais peças conforme a demanda presente.
Os primeiros beneficiados foram os alunos da Casa do Estudante, da turma especial de Medicina Veterinária para assentamentos do Programa Nacional de Reforma Agrária, quilombolas e indígenas. Depois, puderam retirar agasalhos outros estudantes beneficiários de programas da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE).
Um dos idealizadores da campanha, o estudante do oitavo semestre de Pedagogia Guilherme Moreira, 28 anos, morador da Casa do Estudante, destaca que a cada ano chegam novos alunos à UFPel que não possuem agasalhos para o frio dessa época do ano. Por isso, os próprios colegas da Casa já promoviam a iniciativa de forma independente. Neste ano, a ação solidária ganhou proporções maiores com o apoio institucional da UFPel.
E os agasalhos vieram em hora certa: no domingo (16), a temperatura em Pelotas já tinha caído consideravelmente. Natural do interior de São Paulo e há dois anos em Pelotas, o estudante do curso de Conservação e Restauro Rafael Nolasco, 29 anos, foi uma das pessoas que precisou enfrentar as baixas temperaturas às quais não estava acostumado. “Quando cheguei, tinha dois moletons e um cobertor e achei que eram suficientes”, lembra. Na época, a solidariedade foi direta dos colegas. Neste ano, via “Quanto Mais Quente Melhor”, estava escolhendo um novo casaco e outras peças para ficar bem aquecido.
A atitude solidária foi destacada pela estudante da turma especial de Medicina Veterinária Gislaine Ramos, 24 anos. Acostumada com os 47º, 48º graus do Mato Grosso, onde vivia antes de chegar a Pelotas, a acadêmica ponderou que o público da região centro-oeste não é preparado para o frio do sul. E destaca: às vezes, algo que não é importante para alguém pode estar fazendo falta para outras pessoas. “Esse é um espaço muito generoso”.
Adesão
A PRAE estima que cerca de 80% dos agasalhos arrecadados foram distribuídos. As demais peças serão entregues em uma nova ação, que deverá contemplar integrantes da turma especial de Veterinária que não puderam comparecer à primeira distribuição devido a uma atividade acadêmica.