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Servidores da UFPel discutem inclusão no ensino superior

“O quê o meu trabalho tem a ver com a inclusão?” certamente foi um dos questionamentos pelos quais passaram os servidores que participaram, na manhã desta terça-feira (20), do Ciclo de Palestras para Servidores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Orientados pelo tema “A Inclusão no Ensino Superior: Desafios e Possibilidades”, os professores Cláudio Baptista Carle e Rita de Cássia Morem Cóssio Rodriguez traçaram um panorama da inclusão no ensino superior no país, falaram sobre as ações do segmento na UFPel e suscitaram, nos presentes, uma série de inquietações sobre, de que forma, sua atuação é fundamental para que a inclusão ocorra.

Carle e Rita atuam, respectivamente, na Coordenadoria de Ações Afirmativas e Políticas de Assuntos Estudantis e no Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, que estão tomando novas formas para convergir na Coordenação de Inclusão e Diversidade (CID). Para eles, o entendimento da temática leva o servidor a perceber situações de inclusão e de contribuição para que isso ocorra com qualidade. “Todos os servidores da UFPel, mesmo que em áreas menos ligadas à sala de aula, têm relação direta com a educação”, observa Carle.

A inclusão e a diversidade já vêm sendo trabalhadas de forma integrada na UFPel e a vinculação da CID ao Gabinete do Reitor possibilitará ações e discussões mais amplas no âmbito universitário, observa o professor.

Para a professora Rita, além de perceber os fatores de exclusão – que muitas vezes vêm acumulados -, é preciso debater o acesso, a permanência e a qualidade a essas pessoas. “Para isso, precisamos dialogar, no micro e no macro espaço da Universidade, com ações pequenas e grandes”, avalia. A docente falou, ainda, sobre o “modelo médico” segundo o qual as pessoas precisam “estar curadas” para estar em sociedade. Segundo ela, isso ainda não foi superado. “A diversidade passa a não ser bem-vinda na sociedade moderna e isso ainda nos permeia”, alerta. “Mas não são essas pessoas que têm que se adaptar: elas fazem parte do todo da sociedade e pertencem a ela”.

Entre as questões levantadas, estavam a obrigatoriedade legal da inclusão desde a década de 1990, e, mais recentemente, no ensino superior; o fato de que muitos profissionais argumentam não ter preparo; capacitação para atuar na prática; a emergência da criação de estratégias e recursos adaptados para a educação e o desafio que a temática ainda apresenta.

Melodia
A palestra começou com a apresentação do Grupo de Violões da UFPel (GRUVI).

Publicado em 21/06/2017, nas categorias Destaque, Notícias.