Simpósio discute qualidade em pós-colheita e industrialização do arroz
Entre quarta (3) e sexta-feira (6), o Auditório Wilson de Oliveira, localizado na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, foi palco para discussões sobre a qualidade nos processos ocorridos após a colheita. Promovido pelo Laboratório de Grãos e pelo Polo de Inovação Tecnológica em Alimentos da Região Sul, o Simpósio Brasileiro de Qualidade de Arroz chegou à sua sexta edição como uma referência na discussão do tema.
Surgido originalmente como evento sul-brasileiro, o evento teve sua primeira edição em 2003, como parte comemorativa aos 120 anos da FAEM, unidade acadêmica da UFPel que sedia em suas dependências o único laboratório no país que verifica a qualidade do arroz parboilizado e está sendo sediado pela Faculdade pela quinta vez. O 6º Simpósio contou com a inscrição de cerca de 400 pessoas e reuniu 60 entidades em sua organização ou como apoiadoras ou patrocinadoras. Aproximadamente 70 pôsteres estavam inscritos para apresentação.
Na opinião do professor Moacir Elias, presidente da comissão organizadora do evento, a sua realização é uma prestação pública de serviço à sociedade, já que a UFPel tem a maior concentração de pesquisa de arroz no país, esse alimento que está presente na mesa de 90% dos brasileiros. “Essa é uma das funções da universidade: gerar e difundir tecnologia”, explica Elias.
Cerimônia de abertura
O ato de início do Simpósio contou com mesa de honra com a representação de diversas entidades apoiadoras e organizadoras do evento. Ocorreu homenagem à Associação Brasileira de Pós-Colheita e à Associação de Engenheiros Agrônomos de Pelotas.
O diretor da FAEM, professor Manoel Moraes, deu as boas-vindas aos presentes, ressaltando a importância do evento, devido ao fato de o arroz ser o produto agrícola de maior destaque do Rio Grande do Sul. Para Moraes, os resultados desse Simpósio trarão muito frutos para a cadeia produtiva do cereal.
A vice-reitoria da UFPel, no exercício da reitoria, Denise Gigante, vê no evento a possibilidade de as atividades de ensino, pesquisa e extensão da universidade indo além de seus muros. “Para isso servem também os eventos”, afirma.
Finalizando a cerimônia de abertura, o professor Elias destacou que historicamente não era dada importância aos processos de qualidade pós-colheita, fato que busca ser revertido nos dias de hoje, já que o arroz é um dos raros produtos agrícolas que, para ser consumido, necessita de industrialização.
Logo após a abertura oficial, houve o primeiro painel, “Mercado e Cadeia Produtiva do Arroz – Situações e Perspectivas”, moderado pelo diretor do Sindarroz-RS, Cezar Augusto Gazzaneo, e debatido pelos palestrantes Tiago Barata (IRGA) e Giancarlo Silva (Sindapel).