Acessibilidade e inclusão é tema de oficina no Encontro dos Servidores
“Compreendendo acessibilidade e inclusão: princípios e prática” foi tema de uma das oficinas que ocorreram na ultima quinta-feira (12), segundo dia do Encontro de Desenvolvimento dos Servidores da UFPel. A oficina foi ministrada pela professora Síglia Pimentel Höher Camargo, da Faculdade de Educação.
A oficina correu de forma descontraída, como um diálogo entre os participantes. Em um primeiro momento houve apresentações entre os participantes e logo a ministrante iniciou sua fala, abordando os conceitos e princípios de acessibilidade e inclusão. Ela faz uma breve explicação de como a pessoa com deficiência é tratada historicamente, passando pela pré-história, antiguidade, idade média, moderna e contemporânea, para mostrar que essa demanda é relativamente nova e, muito tempo se focou nas deficiências e a passos lentos hoje o foco é nas capacidades dessas pessoas.
Explicou também que a consequência de todo um passado histórico, onde as pessoas com deficiência eram completamente marginalizadas, é o fato de muitas vezes as pessoas se chocarem, ou reproduzirem certas atitudes em relação a pessoas com deficiência. “O maior desafio que é desconstruir a percepção histórica que se tem de pessoas com deficiência” afirma Síglia.
A ministrante afirma que o maior desafio para que haja uma verdadeira inclusão de pessoas com deficiência nas escolas não são os recursos materiais, e sim informação e capacitação. É através disto que os professores saberão dar uma olhar diferenciado para o aluno, e que se possa assim fazer adaptações nos métodos de ensino considerando as necessidades de cada um.
Síglia também explicou e analisou as proposições e recomendações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e, também, do recente Estatuto da Pessoa com Deficiência, que é a lei brasileira de Inclusão.
Outro fator de extrema importância para uma inclusão de fato, segundo Síglia, é compreender que integração e inclusão apesar de estarem ligados, são duas coisas distintas. Ela explicou que integração é apenas integrar pessoas com deficiência nos espaços, como permitir a matricula em escolas e afins, e apesar deste passo ser de extrema importância, apenas isto não é o suficiente. E a inclusão vai além da integração, é fazer com que essas pessoas participem ativamente das atividades realizadas nos espaços da escola, oportunizando momentos de aprendizagem, disse a professora.
A docente finalizou a oficina reforçando, através de um vídeo, que o sistema escolar e a sociedade devem adaptar-se para atender as necessidades das pessoas com deficiência, e não o contrario, para que a inclusão de fato exista. E “Inclusão ‘falsa’ não é benéfica para ninguém, aluno, professor, instituição e familiares”, afirmou.