Fórum da UFPel recebe a adesão de movimentos sociais
Na tarde desta terça-feira (15), reuniram-se no gabinete da Reitoria, o reitor Mauro Del Pino, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti, a coordenadora do Fórum Social da UFPel, Lígia Chiarelli, e representantes de diversos movimentos sindicais para conversar sobre o Fórum Social da UFPel.
Denise Bussoletti abriu a reunião contextualizando o Fórum Social dentro dos processos de sua construção e conclamando os movimentos sociais a participarem. Segundo ela, é importante a adesão de todos. “É necessário que tenhamos clareza da função social da Universidade, onde os filhos dos trabalhadores devem estar,” explica. A pró-reitora também destacou a função da PREC no sentido de abrir a universidade às questões latentes na sociedade. “A extensão é o lugar de provocação. Tem o dever de levar e buscar propostas, ideias, discussões e construir parcerias,” afirma Denise.
A proposta apresentada pela comissão do fórum às entidades sindicais presentes foi a de que cada sindicato delibere sobre as demandas sociais mais latentes de acordo com cada categoria e traga estas questões para serem debatidas no fórum, em abril. Segundo Lígia Chiarelli, esta iniciativa inaugura “um novo momento com as demais forças advindas da sociedade a fim de se obter uma lista de mandas dos movimentos sociais para a Universidade. Buscar questões comuns para levar a discussões comuns”.
Para o reitor, o objetivo é fazer uma aproximação formal a fim de estabelecer uma relação estreita com os movimentos e romper estruturas historicamente excludentes. “Recentemente, ações do governo federal como o Reuni e as cotas abriram as portas para classes da população que não eram contempladas”, afirmou Del Pino.
O reitor também fez um breve relato histórico a respeito do Fórum Social, resgatando a proposta da Constituinte Universitária, da importância da participação dos movimentos e que o Fórum pretende ser um espaço de discussão periódico e sistemático. “A partir da recepção e estudo destes temas poderemos gerar recursos para promover projetos de pesquisa e extensão que atendam às demandas dos movimentos populares”, afirma.
Os presentes acolheram de forma positiva a proposta do fórum. Entre os pareceres, foi recorrente a aprovação à iniciativa e a importância de se ouvir as necessidades dos trabalhadores. Tatiane Rodrigues, do sindicato dos Municipários de Pelotas, SIMP, reforçou a necessidade de os cursos, principalmente de graduação, prepararem seus estudantes para o serviço público. “O campo universitário não é voltado para a classe trabalhadora”, opina a sindicalista.
O reitor encerrou a reunião agradecendo a participação dos presentes e reafirmando que a adesão dos movimentos sociais caracteriza um momento histórico. “O Fórum vai gerar esta força antagônica e é necessário que os movimentos sociais estejam presentes”, reforça Del Pino.