Musical Medicação alegra pacientes e funcionários do HE
Há 14 anos, um grupo de músicos voluntários leva alegria aos pacientes do Hospital Escola da UFPel/Ebserh. Todas as quartas-feiras, o grupo se concentra em frente ao hospital, de onde sai em caminhada tocando sambas conhecidos pelos corredores.
O grupo Medicação teve início como projeto de extensão da Universidade e, com o passar dos anos, após a extinção do projeto, permaneceu atuando voluntariamente a pedido da direção do HE, passando a ser um projeto de humanização permanente do hospital.
Por ser um grupo formado por voluntários, o número de componentes varia bastante. Atualmente a média é de dez componentes com idades entre 17 e 87 anos. “Os integrantes podem mudar, já chegamos a tocar com três componentes. Cinco amigos já faleceram, mas continuamos aqui,” conta Miro Pedroso, um dos veteranos do grupo.
Segundo o fundador, Eduardo Brasil, a finalidade desta ação é fazer com que, no momento em que o musical esteja passando, a pessoa “se esqueça que está doente”. Para ele, o grupo se reúne apenas pelo prazer de fazer o bem. “Isto se tornou um círculo de amizade,” afirma Brasil.
E enquanto a banda vai passando, a alegria toma conta dos corredores do HE. Cordiais, os músicos cumprimentam as pessoas, sorriem e demonstram muito carinho pelos pacientes, principalmente crianças e idosos.
Os doentes não se incomodam com o som. Líria Costa acompanha seu esposo Roberto, que faz tratamento na Oncologia do hospital, e afirma que a iniciativa é muito boa e anima os pacientes. “Eles alegram os doentes e os acompanhantes. Faz a pessoa querer viver mais, enfrentar com mais ânimo a sua doença”, argumenta Líria.
A ouvidora do HE, Carla Carvalho, uma das grandes apoiadoras do projeto, os espera na chegada e acompanha o grupo pelos setores do hospital. Carla fala da empolgação de todos com chegada desta ‘visita musical’. “Toda quarta-feira é como se fosse a primeira vez. Pacientes trocam as datas do tratamento para estarem presentes neste dia, funcionários trocam as folgas para poder assistir o Medicação. É sempre uma grande festa,” relata.
