Intercâmbio marca vida de estudante
“O Canadá foi protagonista em minha vida”. Assim o estudante de Design Digital da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Augusto Gowert Tavares, 20 anos, expressa a marca que a experiência de intercâmbio proporcionou em sua vida. De janeiro de 2014 a abril de 2015 ele morou em Vancouver, no Canadá, onde estudou e venceu desafios.
Natural de Pedro Osório, Tavares iniciou o intercâmbio estudando inglês acadêmico durante quatro meses. Depois, fez estágio obrigatório em uma agência de turismo, como designer, e, nos oito meses finais, foi aluno da Kwantlen Polytechnic University (KPU). “Deixei-me desafiar ao máximo, exigindo muito das minhas capacidades”, contou.
De acordo com ele, em um primeiro momento, o estar em sala de aula em outro país chega a assustar um pouco. Isso pelo desafio de fazer-se entender e conviver com pessoas de uma realidade totalmente diferente. O fato de ter passado por diversas turmas, relata, foi saudável para se aproximar de visões e graus de aprendizagem diferentes.
Em sua trajetória, Tavares pôde caracterizar o ritmo de produção muitas vezes como exaustivo. Ainda que os projetos sejam menores, disse, o tempo de execução é limitado, exigindo resultados concretos a cada aula. De acordo com o estudante, o maior desafio foi cursar uma disciplina do quarto ano, semelhante a um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Nela, a proposta era fazer um projeto autoral, a ser desenvolvido ao longo do semestre. Cada etapa do projeto necessitava apresentações, o que demandou ao estudante muito treino dessas técnicas. “Por fim, uma apresentação final no auditório da universidade configurou o momento mais crítico. Venci o nervosismo e fiquei extremamente feliz com os resultados”, comemorou.
Para Tavares, um intercâmbio proporciona abertura de mundo. “Aprendi muito, assim como poderia ter aprendido no Brasil, mas lidar com problemas longe de tudo e todos exige um pouco mais de coragem”, afirmou.
Segundo o estudante, que retornou ao Brasil há quatro meses, o intercâmbio foi finalizado com confiança na carreira e com a felicidade de estar estudando o que gosta. “Vejo a vivência como a maior transformação. Sentir texturas, caminhar em uma mata exótica, conhecer novas pessoas, coletar referências. Tudo isso modificou como eu penso e, por consequência, o meu design”, ressaltou.