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Reitor anuncia à comunidade liberação de verbas para novo Hospital Escola

hospital escolaUma grande conquista para a comunidade pelotense – a garantia da liberação de R$ 130 milhões par a construção do novo Hospital Escola – reuniu na manhã desta sexta-feira (7) servidores da Universidade Federal de Pelotas e da própria casa de saúde e membros da imprensa para um café da manhã, realizado no Auditório do HE. O evento contou com a presença do reitor da UFPel, Mauro Del Pino, do pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Luiz Osório dos Santos, e da superintendente do HE, Julieta Fripp, além de diretores de unidades acadêmicas ligadas à área da saúde.

“Queríamos que esse comunicado fosse dado primeiro a quem trabalha no hospital e sonha com isso há muito tempo”, comemorou Del Pino ao iniciar o anúncio. Segundo o reitor, essa é uma notícia muito importante para a Universidade, mas também para Pelotas e região, que passará a contar com mais leitos hospitalares.

Partindo do relato da reunião ocorrida na última quarta-feira (5), em Brasília, com o secretário executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, e com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Newton Lima Neto, o reitor pode realizar o comunicado da garantia dos recursos. Del Pino afirmou que, apesar do contingenciamento de recursos gerados pela crise, o Governo Federal mantém os investimentos em áreas de alto impacto social, como é o caso do Hospital Escola, que, além de beneficiar as áreas acadêmicas da Universidade, também trará mais dezenas de novos leitos hospitalares para a região sul do Rio Grande do Sul.

A primeira etapa a ser realizada é o Bloco 3, voltado para a área de Oncologia. Os projetos executivos e complementares da edificação estão finalizados, aguardando somente que o processo licitatório. Para tanto, o comitê de ética do comando da greve dos servidores técnicos administrativos deve fazer a liberação dos trabalhadores da área para que possam realizar a atividade. A expectativa é que o extrato do edital seja publicado no Diário Oficial da União ainda em agosto. Foram reservados para esta etapa R$ 17 milhões.

Os Blocos 1 e 2, que completarão o espaço do Hospital Escola, aguardam o aval da Vigilância Sanitária estadual em seus projetos arquitetônicos para que possam ser licitados os projetos executivos e complementares. São previstos seis meses para que esse processo possa ser concluído. Após a entrega dos projetos, pode ser realizada a licitação para a construção desses prédios. Nessa fase estão compreendidos o edifício principal de internação, com sete andares, que também abrigará a área administrativa, e os ambulatórios e centro de diagnóstico. Essa etapa custará R$ 113 milhões.

Del Pino destacou que do projeto originalmente aprovado pelo MEC, no qual constavam 313 vagas, foi possível ampliá-lo para 364 leitos, onde foram acrescidos espaços pedidos pelas áreas acadêmicas. Essa conquista foi lembrada também na fala da superintendente do Hospital Escola, Julieta Fripp, que confessou uma grande frustração ao perceber que o projeto recebido pela gestão anterior, no qual constavam 510 leitos, não poderia ser levado adiante por não ter sido aprovado em Brasília: “Isso provocou grandes atrasos no processo”. A partir disso foi possível reconstruir o projeto praticamente do zero, em harmonia com as orientações do Ministério da Educação e da Ebserh.

Apesar da redução do número de leitos do projeto deixado anteriormente, Julieta afirmou que este novo planejamento trouxe uma qualificação maior, pois ganhou áreas que antes não estavam previstas, como hemodiálise, ambulatórios de especialidades, medicina nuclear e central de diagnósticos por imagem, além de áreas de ensino interdisciplinares.

Cronograma

Logo após a fala do reitor e da superintendente, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFPel, Luiz Osório dos Santos, fez uma breve exposição do cronograma planejado para as próximas etapas do processo de construção do Hospital. Questionado por membros da imprensa, ele afirmou que, caso todos os trâmites ocorram dentro da normalidade, a obra deverá estar concluída em um prazo de três anos. No entanto, essa previsão passa necessariamente pelo transcorrer da obra no Bloco 1, determinante por ser o maior deles.

O próximo passo, que ocorrerá nos próximos dias, é a consulta ao comando de greve para a liberação dos servidores. “Temos a expectativa pela sensibilidade do comitê de ética”, disse Osório. Se a licitação transcorrer de maneira tranquila, o processo deverá ser concluído em outubro, com a assinatura do contrato e o início das obras ainda neste ano. A ideia é que a construção ocorra em 18 meses.

Publicado em 11/08/2015, nas categorias Destaque, Notícias.
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