O riso cotidiano no HE completa um ano
O palhaço entra no quarto perguntando “tem alguém com o riso preso aí?”, e discretamente sorrisos vão surgindo entre os leitos. O dia a dia de um hospital não é fácil. Pacientes e cuidadores ficam imersos em uma situação difícil, muitas vezes com poucas distrações para sair do ambiente pesado. Nesse intuito, o Projeto Vida Ativa, da Prefeitura de Pelotas, comemora um ano no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel), trazendo alegria para todos que fazem parte da instituição.
Douglas Passos e Simone Kohls se transformam em Palhaço Rói Rói e Joaninha, encantando os indivíduos que ficam internados no hospital. “Eles têm um coração enorme. Tanta gente fazendo o mal e eles fazendo esse bem tão grande. O paciente ganha muito com isso. É uma terapia que ajuda na nossa melhora, pois por alguns minutos esquecemos da dor e dos problemas”, contou a paciente Helena Alves de Almeida.
Nesta sexta-feira, 8 de maio, completaram-se exatamente 365 dias que os dois adentraram ao HE, pedindo a simplicidade de um sorriso, que pode mudar o dia de um enfermo. Eles fazem amizade com as pessoas que já estão há mais tempo no HE, descobrem histórias de vida dos pacientes, criam amizades e atingem seu objetivo de incitar pequenos momentos de alegria. “Com um sorriso ganhamos o dia”, comentou Simone, a Joaninha.
Cintia Cardoso, paciente do Hospital, contou que nas primeiras vezes que eles apareciam, ela não tinha vontade nem forças para olhar para eles. Algumas vezes até fingia estar dormindo. Mas, com o passar do tempo, o pequeno sorriso foi aparecendo, até chegar nas gargalhadas que dá com Rói Rói e a Joaninha hoje em dia. “Nem sempre estamos dispostos, mas é muito bom eles virem, muitas vezes eles são responsáveis pelo nosso sorriso”, confessou.
Entrando nos corredores do Hospital duas vezes por semana, e também fazendo visitas no Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar (PIDI) uma vez por semana, estas duas pessoas que participam do Projeto Vida Ativa promoveram muitas felicidades para quem precisa. “Para mim, que acompanho eles todos os dias, é visível o quanto os pacientes gostam das visitas. Para nós, pode parecer o mínimo, mas para os internados é algo grandioso. O Rói Rói e a Joaninha são responsáveis por um momento diferenciado, de carinho, conversas e sorrisos. Eles fazem a diferença no Hospital”, relatou a educadora social Catiane Caetano. Um ano de alegria que terá continuidade no HE, promovendo cada vez mais momentos lúdicos de diversão.