Ação conscientiza importância dos cuidados paliativos
Foi realizada no último sábado (11), no calçadão de Pelotas, uma ação de conscientização e esclarecimentos sobre os cuidados paliativos, em razão do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que é celebrado nesta data. O evento foi organizado pela recém criada Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos, vinculada à Faculdade de Medicina da UFPel, com cunho sócioeducativo para a população. Participaram alunos, professores tutores e profissionais do PIDI (Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar) do Hospital Escola UFPel, que abordaram temas como câncer, dor, necessidade de tratamento paliativo além do consagrado tratamento curativo, morbidades das patologias entre outros. A ação contou com a distribuição de flyers e aferição de pressão arterial pelos participantes que estavam com camiseta alusiva à data. As crianças foram lembradas com brincadeiras e distribuição de pirulitos por integrantes do Projeto Vida Ativa, que também visitam os pacientes oncológicos atendidos pelo PIDI.
Durante os séculos XIX e XX, a medicina viveu uma revolução sem precedentes. Novos tratamentos, novos exames diagnósticos, conhecimento e compreensão de diversas patologias, dentre outros avanços. A expectativa e a qualidade de vida aumentaram. Como efeito colateral, no entanto, criou-se uma cultura de cura a todo custo, onde a morte é uma entidade a ser vencida. Na contramão desse panorama surge o movimento Hospice, iniciado na Grã-Bretanha por Cicely Saunders. Ela recusou-se a aceitar que “não havia nada a ser feito” por aqueles pacientes cuja cura já não era possível, e atribui-se a ela o pontapé inicial na medicina paliativa moderna. Segundo definição da OMS, Cuidado Paliativo é “uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida, pela prevenção e alívio do sofrimento; exige identificação precoce e avaliação e tratamento da dor e de outros agravos, sejam eles de natureza física, psicossocial ou espiritual”. É uma abordagem do paciente em todos os seus aspectos físicos, espirituais, sociais e psicológicos; a morte é abordada como processo natural, e não como algo a se lutar contra.