TCU faz avaliação positiva da Auditoria Interna da UFPel
Uma Auditoria Interna independente, funcional, com política de capacitação e adequados recursos materiais e humanos, executora plena e sem limitações dos planos de trabalho e assessora da Administração Superior da Universidade. Assim o Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou a Auditoria Interna (Audin) da UFPel, em relatório emitido no fim de 2013. No documento, o TCU ressalta que após a mudança na Administração da Universidade, em 2013, o trabalho da auditoria também mudou, sendo as atividades realizadas de forma total e sem limitações.
Conforme o Tribunal, na gestão anterior, a Audin tinha limitações de escopo e trabalhos relativos a graves apontamentos dos órgãos de controle não foram realizados, como os referentes a convênios firmados com fundações de apoio da Universidade, à gestão de contratos e processos de aquisições.
O trabalho do TCU na UFPel objetivou avaliar a estrutura e a atuação da Audin, que é considerada como um fator estratégico de governança e elemento essencial de melhoria endógena da Gestão. O TCU está fazendo um primeiro diagnóstico sistêmico das Audins de todas as Instituições Federais de Ensino Superior do país. Para tanto, adota critérios e requisitos do Internal Audit Capability Model for the Public Sector, publicação do The Institute of Internal Auditors (IIA).
No item independência, o relatório do TCU afirma que a Audin da UFPel tem imunidade quanto às condições que ameaçam a capacidade da atividade de auditoria interna de conduzir suas responsabilidades imparcialmente. Situa-se em uma posição no organograma que lhe garante esta independência, vinculada ao Conselho Diretor (Condir). “Por outro lado, a recente vinculação da Audin ao Condir não teria impacto na efetividade da auditoria, não fosse a mudança da atitude empreendida pela Administração que assumiu a UFPel em janeiro de 2013. Esta mudança consistiu na designação de novo auditor-chefe e no empoderamento da Audin, que conquistou, ainda que informalmente, maior poder de decisão, autonomia e participação de seus servidores nas tarefas, além do estreitamento das relações da Audin com os gestores dos setores e reitoria da Universidade”, registra o Tribunal no relatório.
Quanto ao ponto política de funcionamento, a Audin da UFPel está propondo um novo Regimento Interno, para que passe a funcionar integralmente alinhada com as normas e princípios esposados pelo IIA. No que tange à capacitação, o TCU avaliou que há uma política formalizada para esta atividade na equipe e que os treinamentos previstos nos planejamentos são realizados. “Conclui-se que a Audin possui adequados recursos materiais e humanos para o exercício de suas atividades, considerando-se o número de trabalhos previstos no Plano Anual de Atividades”, avalia o TCU.
Na análise da atuação da unidade, o TCU diz que o Plano de 2013 está sendo todo executado, sem limitações. O auditor-chefe, Elias Medeiros Vieira, relatou que não teve nenhuma solicitação sem resposta por nenhum setor da UFPel. Além das auditorias realizadas e em curso, a Audin confeccionou uma série de notas e orientações técnicas sobre importantes temas e relevantes riscos, de maneira atualizada e fundamentada. Estas características foram citadas pelo reitor Mauro Del Pino na entrevista realizada pelo equipe do TCU. Del Pino considerou a Audin imprescindível à sua gestão e com livre acesso a todos os setores da Universidade e sem nenhuma limitação de escopo.
As atividades de assessoramento à Alta Administração, relata o TCU, são feitas propondo ações corretivas para os desvios gerenciais identificados, objetivando contribuir para a melhoria da gestão.
Ao final do documento, o TCU aponta que a Auditoria Interna da UFPel, após o início de sua estruturação, em 2011, passa por grandes transformações em 2013. “Está ocorrendo um incremento de seus recursos humanos e das suas atribuições. Verifica-se que, diferente dos anos anteriores, o trabalho da Audin tem relevância para a Universidade, tornando-se mais efetivo, por meio do empoderamento do setor oportunizado pela atual administração”, conclui o Tribunal.