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Vizinhança em Ação 2 mobiliza unidades acadêmicas da UFPel

20131129_152950O Programa Vizinhança, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel, realizou na sexta-feira(29), no campus Porto, mostra das atividades desenvolvidas pelos coordenadores e bolsistas de projetos vinculados ao Programa.

20131129_151224O evento intitulado Vizinhança em Ação 2, teve a participação das áreas de Arquitetura, Biologia, Dança, Educação Física, Enfermagem, Física com apresentação do planetário móvel, Letras, Música, Nutrição, Química, Teatro e Veterinária. Além de atividades expositivas, com apresentações de cartazes e banners, o evento contou com apresentações de  atividades musicais e de dança.

IMG_0059Na oportunidade, os núcleos  de pesquisa e extensão  GEGRADI e NAURB, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, apresentaram os resultados dos seguintes projetos de tecnologias avançadas de visualização  e construção de cenários motivacionais:

1-    Para requalificação do espaço urbano  (Projetos  ALFA/GAVIOTA com a Comunidade  Europeia e MORAR TS financiado pelo Finep);

2-    Para valorização  do patrimônio arquitetônico  ( Projeto Modela Pelotas em parceria com a PMPEL).

IMG_0030Foram também ofertadas as atividades Mapa Participativo – Onde vamos plantar árvores?; Diagnóstico Rápido Urbano Participativo: como está meu bairro?; Brincando com o Patrimônio Arquitetônico de Pelotas; e Requalificando o espaço urbano: como ficará minha rua?.

Gegradi

Através de técnicas de visualização avançada, tanto com apoio da tecnologia digital (realidade aumentada) como através de deformações de imagens (anamorfose), visualizam-se objetos tridimensionais “virtuais” sobre a realidade concreta.

A ideia é disponibilizar objetos como bancos, árvores, lixeiras e criar cenários que requalifique o espaço urbano. De maneira lúdica, é possível projetar as transformações no espaço.

Com as anamorfoses, através de um determinado ponto de vista é possível restituir a tridimensionalidade (mesmo efeito utilizado nos campos de futebol com os anúncios publicitários). A fotografia da árvore, ilustra a técnica de realidade aumentada, que através da câmera se sobrepõe um elemento virtual ao ambiente real.

O propósito é de realizar oficinas em que a própria comunidade escolar identifique os lugares, por exemplo, que seriam necessários para a colocação de bancos, lixeiras e árvores, de maneira lúdica, através destes “cenários motivacionais”. Construindo na memória a imagem de uma possível requalificação do espaço em questão. Este tipo de ação teve origem junto a um trabalho de mestrado da arquiteta Sirlene Sopeña. E, a infraestrutura tecnológica para o uso de realidade aumentada foi financiada pelo Projeto ALFA GAVIOTA/Comunidade Europeia.

Por outro lado, se repetiu a ação realizada durante a semana do turismo, em parceria com a Prefeitura e o Sanep, trabalhando com a técnica de anamorfose sobre elementos relativos ao patrimônio de Pelotas. Através da provocação de questionamentos sobre “onde está?” tal elemento da arquitetura pelotense ou também “o que significa?” (como no caso do obelisco) promove-se a construção de novos olhares sobre este patrimônio. Esta é uma ação decorrente do Projeto MODELA Pelotas também desenvolvido pelo GEGRADI. Esta ação teve origem em um trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Gráfica Digital /DAURB/FAUrb/UFPel do arquiteto Gustavo Brod.

NAUrb

A rede de pesquisa universitária MORAR.TS busca novas metodologias de inserção da população no processo “produção” da habitação de interesse social, a partir das Tecnologias Sociais (TS) voltadas à inclusão e da necessidade de se envolver o usuário em todas as fases – do programa de necessidades ao pós-ocupação. Nesse contexto, o Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (NAUrb) da FAUrb/UFPel, investe na busca de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que viabilizem as Tecnologias Sociais (TS), ampliem a interação entre a comunidade acadêmica e a sociedade e representem efetivas soluções de transformação social no tema do provimento da habitação de interesse social.

Inserido neste projeto, o NAUrb apresentada a metodologia denominada de Diagnóstico Rápido Urbano Participativo (DRUP), composto por atividades de levantamento de informações sobre um determinado contexto urbano para conhecer as principais características físicas e socioeconômicas e para identificar problemas e potencialidades, subsidiando assim a elaboração de planos de desenvolvimento. Esta metodologia chegou ao Rio Grande do Sul/Brasil através do Projeto Prorenda Urbano/RS, em um convênio entre o Governo do Estado e a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica – GTZ e tem origem evidenciar as possíveis soluções dentro da comunidade. O DRUP tem sua origem a partir do Diagnóstico Rápido Rural (DRR) e do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) realizados nas comunidades de baixa renda da África. Lá as informações obtidas pela comunidade eram escritas em pequenos cartões que posteriormente eram agrupados por tema em um painel. O método evita o uso de pesquisas longas, de alto custo, coleta de dados em excesso e tardia produção de resultados, apresentando características de flexibilidade e interatividade, já que necessita da participação da comunidade em conjunto com os aplicadores. Tem como objetivo o emponderamento da população local para trocar sua própria condição e situação, buscando transformar os antigos papéis de dependência e reconhecer os moradores como analistas, planificadores e organizadores ativos.

O NAUrb busca potencializar a ferramenta de participação através da introdução de TIC´s, na aplicação do DRUP no Bairro da Balsa foram utilizados softwares livres, mapas conceituais (mind maps) e nuvens de palavras como forma de organização das palavras-chave colocadas pela população para descrever os aspectos positivos e negativos do seu ambiente. Também foi introduzido o uso de tela interativa, com a possibilidade de manipulação, inserção de imagens obtidas no levantamento de campo, indicadas pela própria comunidade.

Como resultado está em desenvolvimento um catálogo técnico de alternativas de elementos qualificadores do espaço urbano, no caso alternativas de pavimentação de calçadas, arborização, fechamento do lote (muros, cercas, etc.) e coleta de lixo, demandas relatadas pela comunidade da Balsa, através do DRUP. Também foi realizado um projeto em conjunto com a Prefeitura Municipal de Pelota para a pavimentação de vias públicas.

O Programa Vizinhança é coordenado pela professora Elisabete Kasper (Coordenadora), tendo como coordenadora adjunta a professora Marlete Brum Cleff.

 

Publicado em 04/12/2013, na categoria Notícias.