Casarão 8, futura sede do Museu do Doce, recebe a visita de parlamentares
Neste sábado (2), às 16h, estarão em visita ao Casarão 8 da praça Coroenel Pedro Osório, onde será implantado o Museu do Doce, o Deputado Federal Paulo Ferreira (PT) e o vereador Marcos Ferreira, do mesmo partido. Conforme a professora Noris Leal, coordenadora do projeto do Museu, em visita ao Instituto Brasileiro de Museus – MINC, os dois parlamentares se empenharam e conseguiram o compromisso do presidente daquele órgão, José do Nascimento Júnior, para o financiamento da primeira fase da implantação da instituição, que é a organização da exposição de longa duração, que chega a um montante de R$ 500 mil reais.
O Museu
O Museu do Doce foi um pedido da comunidade doceira, através da Associação dos Amigos do Museu do Doce, abraçado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após o tombamento do Casarão 8. Com a compra do prédio, a UFPel também abraçou a iniciativa e passou a trabalhar no projeto, de forma interdisciplinar, reunindo vários cursos que poderão colaborar com a organização do Museu.
Em 2009, uma Comissão da Universidade passou a trabalhar em cima do projeto e em 2011 se uniu a Associação dando ao plano o mesmo referencial do Inventário Nacional de Referências Culturais – Produção de Doces Tradicionais Pelotenses aprovado pelo Iphan para ser inscrito no Livro dos Lugares, do Ministério da Cultura, momento que a tradição pelotense passou a ser patrimônio imaterial brasileiro.
Segundo a professora Nóris Leal, o projeto do Museu é audacioso. “Estamos organizando o Museu de forma que a tradição do doce devolva para Pelotas o lugar de destaque que ela merece”, disse.
De acordo com a coordenadora, além do acervo que será emprestado pela comunidade doceira, o Museu contará com uma cozinha experimental. O local será utilizado para cursos que serão oferecidos para a comunidade. “A ideia é tornar o Museu sustentável, com a venda dos doces que serão produzidos no local”, informou.
Em paralelo à exposição sobre a história e a produção do doce, outra área também terá o seu lugar no Casarão, a produção de artesanato voltado ao doce, para isso, será criado um atelier, com o objetivo de recuperar toda a produção artesanal que envolvia a produção doceira, como as pelotinas artesanais, toalhas e afins.