Junho Vermelho e Laranja: campanhas alertam sobre a doação de sangue, anemia e leucemia
O mês de junho é lembrado como o mês de doação e de conscientização. Destaca-se duas condições relacionadas ao sistema sanguíneo, a anemia e a leucemia. Também, enfatiza a importância da doação e transfusão de sangue.
Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.
A anemia pode aparecer em pessoas de diferentes idades. Como crianças, gestantes, lactantes, adultos e idosos. Alguns sintomas da doença são, cansaço generalizado, falta de apetite, menor disposição para o trabalho e apatia. O diagnóstico se dá através de exames laboratoriais de sangue.
Já a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
Os sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, sangramentos que geralmente ocorrem pela gengiva e pelo nariz, além de manchas e pontos roxos no corpo.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas da doença.
A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso, para análise citológica (avaliação da forma das células), citogenética (avaliação dos cromossomos das células), molecular (avaliação de mutações genéticas) e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das células).
Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea. Nesse caso, um pequeno pedaço do osso da bacia é enviado para análise por um patologista. O processo de tratamento envolve quimioterapia e em alguns casos há a necessidade de transplante de medula óssea.