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Integrantes do projeto Remar para o Futuro disputam mundial na República Tcheca

Das águas de Pelotas para a República Tcheca: atletas do projeto de extensão Remar para o Futuro, da Universidade Federal de Pelotas, representaram dois terços da delegação brasileira que disputou o Campeonato Mundial de Remo Sub-23, ocorrido em Racice (República Tcheca), de 7 a 11 de julho.

Participaram da competição os remadores ligados ao projeto Evelen Cardoso, Facundo Mezquita, Mariana Macedo, Piedro Tucthtenhagen, Robson Radmann e Shaiane Ucker. Facundo e Robson obtiveram o 15º lugar na categoria Quatro Sem Masculino; Piedro, a 11ª colocação no Single Skiff Peso Leve; e Evelen, Mariana e Shaiane, o 8º lugar no Quatro Sem Feminino.

Esta não é a primeira vez que atletas do Remar para o Futuro participam de competições internacionais, mas é a primeira vez em um mundial. Recentemente foram medalhistas no Campeonato Sul-americano. Dos 10 atletas que representaram o Brasil, dois subiram categoria, para juniores, e seis serão U23 até 2024. “Ou seja, eles têm uma longa jornada para ganhar experiência e brilhar em eventos futuros”, explica o coordenador técnico do projeto, professor Fabrício Boscolo, da Escola Superior de Educação Física.

Todo o planejamento de treino foi realizado aqui na cidade, por Boscolo e pelo treinador Oguener Tissot. Parte dos treinos foi realizada aqui em Pelotas – em barcos, remoergômetros e treino de força (musculação e levantamento de peso olímpico) – e a outra parte foi realizada no Rio de Janeiro (RJ), nas dependências do Clube de Regatas Flamengo, clube ao qual os atletas atualmente representam. Eles treinam de uma a duas vezes por dia, seis vezes por semana, com cargas cuidadosamente planejadas e orientadas para a melhora do condicionamento físico, técnico e tático.

Avançando para além

O Remar para o Futuro é um projeto colaborativo interinstitucional, que envolve a Universidade Federal de Pelotas, a Prefeitura Municipal de Pelotas, o clube Centro Português 1º de Dezembro, a Academia de Remo Tissot e o Clube de Regatas Flamengo.

O projeto de extensão inicia com visita às escolas municipais da cidade, onde os alunos são expostos a uma palestra sobre o Remo Olímpico. Após isto, aqueles que se interessam podem experimentar uma vivência em remoergômetros, que são levados às escolas e, então, os que gostam e desejam passam por uma bateria de avaliações físicas e antropométricas.

Com o banco de dados em mãos, realizamos as análises dos escolares com maior potencial para o desenvolvimento esportivo. A partir deste ponto, aqueles que atingem 98% dos valores de referência e seus pais são contatados e convidados a conhecerem o projeto. Então, ingressam na iniciação ao remo em duas turmas: uma de 12 a 13 anos e a outra de 14 a 16 anos, com três a seis treinos por semana, além de acompanhamento nutricional e fisioterapêutico.

O projeto começou em 2015. Nestes seis anos, foram dezenas de conquistas estaduais, nacionais e internacionais com estes atletas multimedalhistas. Recentemente, os integrantes do projeto conquistaram oito medalhas no Campeonato Sul-Americano, que ocorreu no Rio de Janeiro. Na competição, 15% de toda a delegação brasileira era do “Remar para o Futuro”.

“O mais legal de tudo isto é que já estamos com uma nova geração chegando, atletas mais jovens que têm se espelhado nestes competidores de elite e que prometem brilhar nos próximos anos”, comemora o coordenador técnico.