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UFPel qualifica biblioteca de escola do Capão do Leão

A UFPel está realizando o restauro e a ambientação da Biblioteca da Escola Municipal Margarida Gastal, no Capão do Leão. A iniciativa é realizada pelo Grupo PET-Educação que conta com estudantes, técnicos-administrativos e docentes da Universidade e propôs a intervenção para qualificação do espaço. O projeto intitulado Biblioteca Margarida Gastal: restauro e ambientação, conta com a colaboração de diferentes cursos da UFPel e, pela primeira vez, integra comunidade (colaboradores e financiadores da ação), administradores da Escola e da Universidade, Docentes de diferenciados centros, técnicos administrativos que amam ler e estudantes, futuros profissionais na escola e fora dela. O foco é produzir um espaço em que a leitura literária e a formação de leitores sejam prioridade. A ação integra o Programa Institucional Uma Parceria entre Capão do Leão e UFPel: a construção de uma escola (im) possível, coordenado pela professora Lúcia Peres, do Gabinete da Reitoria, e pelo professor Antônio Maurício Alves, da Pró-reitoria de Ensino.

O projeto

Originado nas ações da Sala de Leitura Erico Veríssimo e apoiado pelo PET Educação, a Assessoria a Bibliotecas Escolares é uma ação de extensão (Ação 563) registrada na plataforma PREC-UFPel e aprovada pelo COCEPE UFPel sob o número 277. 

Tem como foco conhecer, projetar, intervir e realizar, em bibliotecas escolares, ações de restauro dos ambientes internos para que a formação do leitor literário ocorra. Desenvolve-se a convite das escolas e busca, como objetivo primeiro, realizar espaços públicos institucionalizados por lei.

A biblioteca escolar, no Brasil, obedece a diferenciados projetos, resoluções e manuais, entre eles, o manifesto, válido em todo o mundo signatário da UNESCO desde 1999. Por ser o mais importante lugar da escola – especialmente por ser o único partilhado por todos e, ao mesmo tempo, representar nossa cultura – é necessário para seu pleno uso, a setorização, iluminação, ambientação e aclimatação.

Espaço mais importante em uma escola, único partilhado por todos e representante do “imenso patrimônio” de “obras valiosíssimas que vêm se acumulando pelos séculos” de acordo com Ana Maria Machado (2002, p. 17), a Biblioteca escolar demanda, para seu pleno uso, setorização, iluminação, ambientação e aclimatação. Mas, preponderantemente, políticas de fruição da arte literária.

As referências

Apoiados em pesquisas sobre a leitura, o livro e a literatura realizadas por pesquisadores como Meireles (1951), Abramovich (1997), Campelo (2002), Zilberman (2003) e Souza e Feba (2011), consideramos que o conhecimento de diferenciados gêneros literários é fundamental na formação de qualquer criança, especialmente quando observamos que parte das famílias não dispõe de repertório, acervos ou hábitos que antecipem ou substituam as práticas escolares de acesso e uso do livro. Além disso, nos cercamos de um estudo sobre os documentos legais – leis, decretos, deliberações, publicações – que normatizam a fundação, existência, manutenção e preservação de bibliotecas escolares no Brasil. O intuito dessas duas atitudes – conceituar e regrar – foi criar um escopo de argumentos para propor um projeto e defendê-lo socialmente.

Restaurar, ambientar, criar metodologias de uso do acervo de modo autônomo.

A metodologia empregada conta com uma abordagem multidisciplinar gerida pela integração entre o olhar da Educação como fim último – promover a leitura –, o da Arquitetura como meio – projetar e intervir em um espaço – e o da Antropologia como questão de pesquisa – responder para quê e para quem a universidade realiza extensão. Esta “abordagem multidisciplinar” resultou no registro de um modo peculiar de ser e estar em grupo, uma vez que foi a “primeira vez” de todos os integrantes da equipe: uma ousadia e um desafio representado em três linhas que foram o projeto, o desempenho de funções no restauro do espaço e a pesquisa acadêmica.

Ações Agosto – Dezembro 2019

1.                 Agosto: Elaboração do projeto e contatos com Docentes na UFPel;

2.                 Setembro de 2019: reuniões preparatórias (02 e 06/09) com a Direção da escola, representada pela Diretora Maria Tereza Brum Argoud;

3.                 Setembro de 2019: Montagem da equipe e criação de um grupo no Whats App, o “Biblioteca Margarida” (05/09);

4.                 Ida à escola (13/09) para ouvir a Coordenadora da Biblioteca, professora Maria Cristina Prietto Garcia. Nesse mesmo dia, levantamento dos dados (medidas da sala, das aberturas, listagem de móveis, contagem de livros, diálogo sobre reciclagem);

5.                 Definição do primeiro dia de trabalho:  Análise do acervo e separação dos livros adequados e ultrapassados a serem doados para reciclagem (27/09);

6.                 Limpeza e avaliação de paredes, assoalho e aberturas;

7.                 Limpeza do assoalho, que tem muitas camadas de cera;

8.                 Produção de uma planta baixa, com a ambientação adequada;

9.                 Pintura das paredes e criação de um painel em uma delas;

10.             Revisão da instalação elétrica, visando segurança e instalação de pontos de luz extras;

11.             Customização de móveis, limpeza, adequação e confecção das cortinas;

12.             Reorganização do espaço, com ambientes definidos;

13.             Organização do acervo, priorizando a leitura literária.

 

Publicado em 18/09/2019, na categoria Notícias.