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Cursos que receberão quilombolas e indígenas têm primeira reunião

reuniao_praeCom o objetivo de discutir e operacionalizar o ingresso de estudantes nas vagas específicas para quilombolas e indígenas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) tiveram a primeira reunião com as coordenações dos cursos que receberão estes alunos. Participaram do encontro, que ocorreu nesta quinta-feira (21), representantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Pedagogia e Administração.

No encontro, foram discutidos pontos como moradia, processo seletivo, matrícula, auxílios, projetos, recepção e formação institucional.

Uma casa exclusiva para este público será locada para acolhê-lo. Este foi um dos assuntos apresentados aos coordenadores. No momento, uma moradia escolhida está em processo de análise técnica, a fim de possibilitar sua locação.

Uma comissão será elaborada especialmente para elaborar o edital para o processo seletivo para estas vagas. Um dos fatores determinantes na seleção será o vínculo comprovado com os movimentos sociais indígenas e quilombolas. O processo seletivo específico deverá contemplar aspectos de ordem cognitiva, cultural e de conhecimentos básicos vinculados ao Ensino Médio.

Outro dos elementos discutidos foram os projetos Professor Parceiro e Colega Parceiro. A proposta é que docentes e alunos possam auxiliar e acompanhar de perto os novos acadêmicos em seu ingresso na Universidade.

Terão vagas para indígenas e quilombolas os cursos de Administração, Agronomia, Educação Física, Enfermagem, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Pedagogia e Zootecnia. Cinco dessas vagas são voltadas para comunidades quilombolas e as outras cinco para as indígenas.

Ampliação
A PRAE adianta que as ações de sensibilização que iniciaram com os coordenadores desses dez cursos serão ampliadas para outras lideranças, corpo docente, servidores e estudantes. A intenção é que toda a Universidade se aproprie desta política pública e possa desenvolver as melhores formas de receber o público quilombola e indígena. Cursos presenciais e a distância serão elaborados para atender esta demanda. Em junho, iniciam as rodadas de reuniões de caráter formativo com todos os cursos implicados no processo seletivo de 2015/2.

No primeiro semestre de 2016, mais dez vagas deverão ser abertas para indígenas e quilombolas, que poderão abarcar outras graduações.

Democratização
Uma resolução aprovada por maioria absoluta pelo Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão da UFPel (COCEPE) neste mês garante a criação de dez vagas especiais, voltadas para estudantes provenientes de comunidades indígenas e quilombolas, repetindo um movimento já realizado por outras instituições federais de ensino superior do Rio Grande do Sul.

A criação de vagas específicas para quilombolas e indígenas é apoiada na legislação brasileira, por meio da lei 12.711 e pelo decreto 7.824, ambos de 2012, que permite e incentiva os novos espaços de acesso para grupos cuja possibilidade de ingresso na universidade é dificultada por diversas condições sociais e culturais.

Publicado em 22/05/2015, nas categorias Destaque, Notícias.